O câncer de mama é uma doença que atinge principalmente a população feminina, inclusive, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, representando cerca de 28% dos novos casos.
A população masculina também pode sofrer com a doença, mas, de acordo com o Ministério da Saúde, os casos de câncer de mama em homens representam apenas 1% do total.
Também são raros os casos da doença em pessoas com menos de 35 anos de idade, mas pessoas abaixo desta faixa de idade também podem portar essa neoplasia.
Por isso, é imprescindível saber qual é a forma de prevenção do câncer de mama, os sintomas e as opções de tratamento, além de entender quais fatores podem influenciar o desenvolvimento da doença.
Continue sua leitura para conhecer a fundo esta doença e como agir caso reconheça algum dos sinais clínicos.
O que é câncer de mama?
É um tipo de câncer que se desenvolve pela multiplicação desordenada de células no tecido mamário, cujo crescimento leva aos tumores.
Nessas células ocorrem mutações que são derivadas de fatores genéticos, exposição à radiação e substâncias químicas, infecções virais, entre outros.
Com isso, os genes que regulam o crescimento celular sofrem alterações, provocando o crescimento anormal.
Além disso, é comum que tumores formem novos vasos sanguíneos, o que permite um suporte de vida, que facilita o seu crescimento contínuo.
As células cancerígenas também podem avançar para tecidos adjacentes ou se espalhar para outras partes do corpo (metástase) através da corrente sanguínea ou do sistema linfático.
Apesar disso, esse processo de crescimento não tem um tempo determinado. Isso porque existem vários tipos de câncer, cujo progresso pode ser influenciado por fatores extrínsecos.
Quais são os sintomas de câncer de mama?
O câncer de mama pode se manifestar de várias formas, por isso, é essencial que as mulheres fiquem atentas a qualquer mudança em suas mamas.
Além dos nódulos, alterações na pele das mamas, como vermelhidão, inchaço ou uma textura semelhante à casca de laranja, descamação e ulceração, também podem ser sinais de câncer de mama.
A secreção anormal nos mamilos (fluxo papilar), que pode ser espontânea e unilateral, é outro sintoma importante a ser observado.
Essa secreção pode variar de transparente a rosada ou avermelhada, devido à presença de sangue.
Outros sinais a serem monitorados incluem a retração do mamilo (bico invertido), sensibilidade nas mamas, e alterações na forma ou no tamanho das mamas.
Linfonodos (Gânglios) palpáveis nas axilas também podem ser um sinal de que a doença está presente.
Como é o caroço do câncer de mama?
Esse nódulo geralmente é duro e indolor, que costuma apresentar bordas irregulares.
Mas também é possível encontrar casos de nódulos bem definidos, como formato redondo ou oval, sendo que este último pode apresentar diferentes ondulações, ou ter características globosas.
Em muitos casos, este nódulo pode ser percebido pela própria paciente durante o autoexame das mamas em casa.
É fundamental que mulheres a partir dos 40 anos de idade façam o exame uma vez ao mês, como forma de autoconhecimento de suas mamas, além de realizar mamografias conforme as orientações do seu médico.
Siga estas orientações para realizar a detecção precoce:
- Espere uma semana após o término da menstruação;
- Fique de pé em frente a um espelho, com os braços ao lado do corpo;
- Observe se as mamas apresentam alguma alteração no tamanho, na textura, na forma ou na coloração;
- Levante os braços acima da cabeça e examine novamente;
- Em seguida, use a ponta dos dedos da mão do lado oposto para pressionar a mama suavemente e realizar movimentos circulares;
- Comece pela parte externa e mova em direção ao centro;
- Faça isso por toda a região, inclusive nas axilas;
- Por fim, aperte os mamilos suavemente para verificar se há secreção ou alterações.
Se você encontrar qualquer alteração, deve consultar um mastologista para ser avaliada e confirmar ou não o diagnóstico.
O nódulo também pode ser um fibroadenoma, que são lesões mamárias benignas, que costumam acometer mulheres entre 15 e 35 anos de idade.
O que causa câncer de mama?
Não existe apenas uma única causa para aumentar a predisposição ao câncer.
Além das alterações que ocorrem nas células por conta de alterações genéticas, existem fatores ambientais que podem levar ao desenvolvimento do câncer ou acelerar o processo de crescimento.
Entre eles, podemos citar fatores endócrinos/reprodutivos, comportamentais e biológicos:
- Idade;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Exposição a radiação ionizante, agrotóxicos, substâncias químicas e poluentes tóxicos.
O tabagismo pode estimular o crescimento de células cancerígenas nas mamas, contudo, os estudos existentes não são conclusivos.
Como prevenir o câncer de mama?
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), apenas 10% dos casos de câncer de mama estão relacionados a questões hereditárias.
Os outros casos estão relacionados a fatores ambientais, comportamentais, biológicos e endócrinos.
Apesar de não existir uma forma de eliminar totalmente o risco de desenvolver a doença, é possível adotar algumas mudanças no estilo de vida para reduzir as probabilidades.
Manter um peso saudável e evitar a obesidade por meio de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios são recomendadas para homens e mulheres.
Também é essencial evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Essas práticas podem reduzir o risco de câncer de mama em até 28%.
Câncer de mama tem tratamento?
Sim, e a maioria dos casos diagnosticados com câncer de mama, quando detectados precocemente, possuem um bom prognóstico.
O tratamento consiste em um protocolo que envolve a retirada do tumor, assim como a realização de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia endócrina (medicamentos antiestrogênicos).
O plano de tratamento para cada paciente é realizado de forma individualizada, adotando as abordagens mais indicadas para cada um.
Na cirurgia de remoção de câncer de mama, é possível recorrer a duas abordagens, conservadora ou radical, conforme o tamanho do tumor em relação ao tamanho da mama.
No primeiro tipo de cirurgia, remove-se apenas o tecido mamário acometido pelo tumor aliado a uma margem de segurança, para preservar o máximo possível da mama.
Já no segundo tipo de cirurgia, realiza-se a remoção de toda a mama, para evitar que qualquer tumor residual possa se multiplicar novamente.
Em alguns casos, o paciente pode recorrer à reconstrução mamária após a cirurgia ou depois, caso incomode com a questão estética.
Conheça melhor os tratamentos disponibilizados pela Clínica FEMA: https://clinicafema.com.br/nossos-tratamentos/.
Conheça o Dr. Felipe Andrade
O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Ele é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. Anteriormente já foi membro titular do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de Ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline e no perfil da clínica no Facebook Clínica Fema.