Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
A biópsia de linfonodo sentinela é um procedimento essencial no estadiamento de diversos tipos de câncer, como o de mama. Ela ajuda a identificar se a doença se espalhou para os linfonodos, permitindo um tratamento mais preciso.

A biópsia de linfonodo sentinela é uma etapa importante no diagnóstico e tratamento de alguns tipos de câncer, como o câncer de mama.
Por meio do procedimento, é possível saber se a doença já atingiu o sistema linfático, o que influencia diretamente na definição do tratamento e no prognóstico do paciente.
Esse tipo de biópsia pode descartar a necessidade de retirar vários linfonodos da região axilar.
O procedimento é indicado com base em critérios clínicos e histológicos, e ajuda a direcionar decisões terapêuticas com mais assertividade.
Ao longo do texto, você vai entender exatamente como a biópsia de linfonodo sentinela funciona, quando é indicada, quais os riscos e como é a recuperação após o exame.
Boa leitura!
O que é biópsia de linfonodo sentinela?
É um exame cirúrgico indicado para avaliar se o câncer se espalhou para o sistema linfático, como ocorre com os casos de câncer de mama.
A biópsia permite que o médico analise o primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática da área onde está o tumor primário.
Se esse linfonodo, chamado de linfonodo sentinela, não estiver comprometido, há grandes chances de que os demais também estejam livres da doença.
Esse procedimento é considerado menos agressivo do que a retirada completa dos linfonodos axilares. Além de oferecer um diagnóstico mais preciso, ele reduz o risco de complicações, como linfedema, dor e limitação dos movimentos do braço.
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Quando a biópsia de linfonodo sentinela é indicada?
A biópsia de linfonodo sentinela é indicada principalmente para avaliar a presença de metástases em linfonodos regionais de pacientes com câncer de mama. Sua principal função é determinar o estágio da doença e orientar as decisões terapêuticas.
No câncer de mama, a biópsia do linfonodo sentinela é indicada quando o tumor é invasivo e os linfonodos axilares não estão clinicamente comprometidos, ou seja, quando não há alterações suspeitas durante à palpação ou nos exames de imagem.
Nesses casos, o procedimento ajuda a verificar se o câncer de mama já começou a se espalhar para outras regiões, sem a necessidade de remover todos os linfonodos da axila.
O grande diferencial da biópsia de linfonodo sentinela está na sua capacidade de fornecer informações importantes para o estadiamento da doença, com menos efeitos adversos em comparação com a linfadenectomia completa.
Casos em que a biópsia não é indicada:
- Presença de metástases axilares evidentes;
- Tumores muito grandes localmente avançados, sem tratamento prévio.
A indicação do procedimento sempre deve ser individualizada e avaliada pelo mastologista ou cirurgião oncológico, considerando o tipo de tumor, localização, tamanho, estadiamento clínico e características do paciente.
Como é feita a biópsia de linfonodo sentinela?
A biópsia de linfonodo sentinela é um procedimento cirúrgico realizado em centro cirúrgico, geralmente sob anestesia geral.
Para localizá-los com precisão, o cirurgião utiliza um marcador, que costuma ser um líquido radioativo, que é injetado próximo ao tumor para marcar os linfonodos que recebem a linfa daquela área.
O marcador é detectado com um aparelho específico (gama-câmara), que guia o cirurgião até os linfonodos marcados.
Durante o procedimento, o cirurgião faz uma pequena incisão para acessar e remover os linfonodos identificados. Em geral, são retirados de 1 a 3 linfonodos sentinelas.
Em seguida, essas estruturas são enviadas para análise anatomopatológica, que avalia se há presença de células cancerígenas.
Se os linfonodos sentinelas estiverem livres de metástases, geralmente não há necessidade de retirar os demais linfonodos da região.
Contudo, se houver comprometimento, o médico pode indicar outros tratamentos, como cirurgia mais ampla para remover os linfonodos axilares, radioterapia, quimioterapia ou terapia-alvo, dependendo do tipo e estágio do câncer.
A biópsia de linfonodo sentinela trata-se de um exame minimamente invasivo, com rápida recuperação e menor risco de complicações, como linfedema, quando comparado à linfadenectomia axilar completa.
Quais os riscos e cuidados após a biópsia?
A biópsia de linfonodo sentinela é considerada um procedimento seguro e menos invasivo do que a linfadenectomia. Mas, como qualquer cirurgia, envolve alguns riscos e exige cuidados pós-operatórios específicos.
Entre os principais riscos associados ao procedimento, estão:
- Linfedema (inchaço no braço ou na axila), embora seja muito menos frequente do que na retirada completa dos linfonodos;
- Dor ou desconforto local, que costumam ser leves e controlados com analgésicos simples;
- Sensibilidade alterada na região da axila, devido à manipulação de nervos locais;
- Hematoma ou seroma (acúmulo de líquido), que pode surgir nos primeiros dias e requer acompanhamento;
- Reações alérgicas ao radiofármaco, ainda que raras.
Após a biópsia, a paciente geralmente recebe alta no mesmo dia, com orientações claras sobre repouso e sinais de alerta.
Os cuidados envolvem manter o curativo limpo e seco, evitar esforço com o braço operado por alguns dias e comunicar imediatamente o médico se houver febre, dor intensa ou secreção no local da incisão.
A maioria das mulheres retorna às atividades habituais dentro de poucos dias, com uma recuperação rápida e poucas limitações.
A decisão sobre o tratamento complementar será tomada após a análise do linfonodo removido e os demais achados do estadiamento.
O acompanhamento com a equipe médica deve continuar normalmente, para garantir uma abordagem personalizada e segura para cada paciente.
Por isso, contar com um especialista experiente faz toda a diferença na indicação e na execução segura do exame.
Na Clínica FEMA, o Dr. Felipe Andrade realiza uma abordagem cuidadosa, baseada nas evidências e com foco na individualização do tratamento.
Cada paciente é avaliado considerando seu histórico, subtipo tumoral, exames de imagem e condições clínicas, para que a indicação da biópsia de linfonodo sentinela seja feita de forma segura e fundamentada.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.



