Mãe amamentando bebê em ambiente tranquilo, representando atenção aos sinais de câncer de mama em quem amamenta.

Sinais de câncer de mama em quem amamenta: diferenças entre mastite e alterações suspeitas

Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher. 

Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

Os sinais de câncer de mama em quem amamenta podem se confundir com sintomas comuns da lactação, como dor, inchaço e vermelhidão. 

Mãe amamentando bebê em ambiente tranquilo, representando atenção aos sinais de câncer de mama em quem amamenta.

Os sinais de câncer de mama em quem amamenta são semelhantes aos que se manifestam em outras pacientes.

Alguns dos sintomas dos estágios iniciais da doença, inclusive, também são característicos da própria amamentação, como dor, desconforto e vermelhidão.

Além disso, durante a amamentação, outros sintomas podem surgir devido a condições benignas, como mastite ou candidíase mamária. 

Por isso, alguns sinais clínicos podem passar despercebidos, já que são esperados e relacionados ao período de lactação.

Neste artigo, você vai entender quais são os sinais de câncer de mama em quem amamenta, como diferenciar os sintomas de outras condições e quando buscar ajuda médica para garantir diagnóstico e tratamento adequados.

Se você deseja encontrar respostas rápidas sobre o assunto, avance até o final do conteúdo.

Quais são os sintomas comuns durante a amamentação?

Durante a amamentação, é normal que a mulher apresente desconfortos e alterações nas mamas, principalmente nos primeiros dias após o parto. 

Muitas dessas manifestações estão ligadas à adaptação do corpo à produção de leite e ao processo de sucção do bebê.

Entre os sintomas mais frequentes, podemos citar:

  • Sensibilidade ou dor nos mamilos: nos primeiros dias, é comum sentir dor leve ou sensibilidade devido ao atrito da pega do bebê. Quando a pega é incorreta, podem surgir fissuras dolorosas ou até sangramentos;
  • Inchaço e mamas endurecidas: a descida do leite pode causar aumento de volume, calor local e leve desconforto, sintomas que geralmente melhoram após as mamadas;
  • Formação de nódulos temporários: ductos obstruídos podem formar bolinhas esbranquiçadas, por causa do acúmulo de leite, que desaparecem com a drenagem adequada;
  • Alterações na pele: vermelhidão ou irritação podem surgir pelo atrito constante com as roupas ou bombas extratoras de leite;
  • Secreção amarelada ou leitosa: durante a amamentação, é normal a saída de colostro ou leite materno, tanto de forma espontânea quanto provocada.

Esses sintomas costumam ser transitórios e melhoram com técnicas corretas de amamentação e cuidados com a mama. 

No entanto, quando a dor é intensa, persistente ou associada a febre, pode indicar mastite ou infecção local, o que exige acompanhamento médico.

Quais são as condições comuns na amamentação?

Durante a amamentação, é comum surgirem desconfortos e alterações nas mamas que não estão relacionadas ao câncer. 

Elas são comuns no período de amamentação e, na maioria das vezes, não representam risco grave à saúde da mãe. 

Ainda assim, qualquer nódulo persistente, endurecido ou com características diferentes do habitual deve ser avaliado por um especialista.

Veja a seguir quais são as condições que podem causar alterações nas mamas.

Mastite

A mastite pode ocorrer em mulheres fora do período de lactação, mas é mais comum que ocorra durante a amamentação (mastite puerperal), de duas a três semanas após o parto.

Ela é caracterizada como uma inflamação do tecido mamário causada, geralmente, pela entrada de bactérias através de fissuras nos mamilos. 

Os principais sintomas são dor intensa, vermelhidão, calor local, inchaço e febre. Quando não tratada corretamente, pode evoluir para abscessos, que são acúmulos de pus na mama.

Candidíase mamária

É uma infecção fúngica que causa dor intensa e localizada nos mamilos e, por muitas vezes, pode ser confundida com a mastite. O sintoma pode piorar após as mamadas e irradiar para o interior da mama ou para as costas. 

Geralmente, está relacionada ao uso de antibióticos prolongados, presença de fissuras, candidíase oral no bebê ou umidade excessiva na região, fatores que criam um ambiente propício para a proliferação do fungo. 

Visualmente, os mamilos podem parecer avermelhados, brilhantes e sensíveis, acompanhados de coceira e queimação. 

Fibroadenomas

Fibroadenomas são lesões benignas compostas por tecido glandular e fibroso, assim como é a composição da mama. Por isso, em resposta às alterações hormonais, também podem crescer de tamanho.

Normalmente são indolores, com superfície lisa, formato regular e móveis o toque, mas podem causar desconforto dependendo do tamanho e da localização do nódulo.

Após o término do período de amamentação, com a estabilização dos hormônios, é esperado que o fibroadenoma volte ao seu tamanho original.

Microlesões nas mamas

As microlesões, como fissuras, rachaduras e bolhas nos mamilos, não são uma doença, mas sim uma reação à pega incorreta do bebê ou ao uso inadequado de bombas extratoras de leite. 

O atrito constante gera dor intensa, principalmente no início da mamada, e pode causar feridas visíveis e até sangramentos. 

Essas lesões, além de dolorosas, servem como uma porta de entrada para bactérias e fungos, aumentando significativamente o risco de desenvolver mastite ou candidíase. 

Quais são os sinais de alerta para câncer de mama em quem amamenta?

Embora o câncer de mama seja raro em gestantes e lactantes, é possível que a doença se desenvolva nesse período e apresente sintomas semelhantes a condições benignas, como a mastite. 

Por isso, é essencial saber reconhecer sinais de alerta que exigem avaliação médica especializada.

Entre os sintomas que podem indicar alterações suspeitas estão:

  • Nódulo endurecido e fixo: diferente dos nódulos benignos, que costumam se mover ao toque, os tumores cancerígenos tendem a ser firmes, irregulares e aderidos ao tecido mamário;
  • Alterações na pele da mama: depressões, aparência de “casca de laranja”, feridas que não cicatrizam ou áreas avermelhadas persistentes podem ser sinais de alerta;
  • Secreção com sangue: qualquer líquido sanguinolento, seja relacionado à lactação ou não, precisa ser investigado, porque pode indicar uma resposta inflamatória;
  • Aumento persistente de linfonodos na axila: caroços dolorosos ou indolores na região axilar podem indicar infecções, inflamações ou, em casos mais graves, envolvimento de células tumorais;
  • Mudanças no formato ou tamanho da mama: assimetrias recentes, retração do mamilo ou deformidades que não se relacionam com o processo de amamentação devem ser avaliadas.

É importante ressaltar que a presença desses sinais não significa, necessariamente, a presença de um câncer de mama. 

No entanto, quando os sintomas persistem mesmo após tratamento para mastite ou outras condições benignas, exames complementares, como ultrassonografia e biópsia, podem ser necessários para excluir a possibilidade.

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Tratamento do câncer de mama: quais as principais abordagens?

Por que são raros os casos de câncer de mama em quem amamenta?

O câncer de mama em gestantes e lactantes é considerado raro, principalmente porque a amamentação exerce um efeito protetor sobre as células mamárias. 

Durante a lactação, ocorre uma diminuição da exposição das mamas a estrogênio e progesterona, hormônios que estimulam a divisão celular e podem favorecer o surgimento de tumores.

Além disso, a maturação celular que acontece nas mamas durante a gestação e a produção de leite promove uma diferenciação maior do tecido mamário, o que reduz a suscetibilidade a alterações malignas. 

Outro fator é que mulheres que engravidam em idades mais precoces e amamentam por períodos mais longos apresentam risco reduzido de desenvolver câncer de mama ao longo da vida.

Mesmo sendo incomum, a doença pode ocorrer, especialmente em mulheres com histórico familiar ou mutações genéticas (como nos genes BRCA1 e BRCA2), ou quando a gravidez acontece em idade avançada. 

Por isso, qualquer alteração persistente nas mamas durante a amamentação merece avaliação médica especializada.

Veja mais:

Sintomas de câncer de mama: 3 iniciais e os 5 mais avançados 

Percebeu algum sintoma persistente? Agende sua consulta com um especialista para garantir um diagnóstico seguro.

O que fazer ao identificar sinais de câncer de mama durante a amamentação?

Os sinais de câncer de mama em quem amamenta nem sempre são fáceis de diferenciar de alterações benignas comuns do período de lactação. 

Mastite, candidíase mamária e microtraumas nos mamilos são problemas frequentes e, na maioria das vezes, sem gravidade.

No entanto, a presença de nódulos persistentes, secreção com sangue, alterações na pele ou aumento dos linfonodos axilares exige investigação imediata.

Buscar um mastologista garante que sejam realizados exames de imagem e, quando necessário, biópsias para descartar ou confirmar doenças malignas.

Na Clínica FEMA, o Dr. Felipe Andrade realiza avaliação individualizada de gestantes e lactantes, oferecendo segurança, acolhimento e tratamentos adequados para cada caso.

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Respostas rápidas sobre sinais de câncer de mama em quem amamenta

É normal sentir dor e ter nódulos na mama durante a amamentação?

Sim. Sensibilidade, inchaço e até pequenos nódulos (causados por ductos de leite obstruídos) são comuns e geralmente temporários. Eles costumam melhorar com a mamada ou com a drenagem correta do leite.

O que é mastite e como sei se estou com ela?

A mastite é uma inflamação do tecido mamário, muitas vezes causada por bactérias que entram por fissuras no mamilo. Os principais sinais são dor intensa, vermelhidão, inchaço, calor na mama e febre.

Uma dor em “fisgada” no mamilo pode ser o quê?

Uma dor aguda, em “fisgada”, que piora após as mamadas, pode ser sinal de candidíase mamária, uma infecção fúngica. Geralmente, vem acompanhada de mamilos avermelhados, brilhantes e com coceira.

Qual a principal diferença entre um nódulo comum da amamentação e um nódulo suspeito de câncer?

Nódulos comuns da amamentação (como ductos entupidos ou fibroadenomas) costumam ser móveis e macios ou lisos. Um nódulo suspeito de câncer tende a ser endurecido, irregular e fixo, ou seja, não se move facilmente ao ser tocado.

A amamentação protege contra o câncer de mama?

Sim, a amamentação é considerada um fator de proteção. Ela reduz a exposição da mulher a hormônios que podem estimular o crescimento de tumores e promove a maturação das células mamárias.

Quais sinais na pele da mama exigem atenção imediata?

Fique atenta a alterações persistentes como o aspecto de “casca de laranja”, ondulações ou retrações na pele, feridas que não cicatrizam ou vermelhidão que não desaparece, mesmo após tratar uma possível mastite.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

Dr. Felipe Andrade médico mastologista do Hospital Einstein.

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP. 

O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama. 

Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de Ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.

Atualmente, o Dr. Felipe  Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelit e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.

Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.

Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.

O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.

Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.

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