Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

Em muitos casos, o diagnóstico precoce do câncer de mama ocorre antes mesmo do aparecimento de sintomas clínicos evidentes, como dor e desconforto.
Você já se perguntou se o câncer de mama dói? Embora a doença apresente alguns sintomas característicos, os sinais clínicos podem variar entre os pacientes. Algumas pessoas podem apresentar todos os sintomas ao mesmo tempo, enquanto outras percebem apenas algumas alterações, dependendo do estágio e da histologia do câncer.
Acompanhe este conteúdo para aprender a identificar sinais precoces da doença e entender quais sintomas podem indicar um estágio avançado.
Boa leitura!
O câncer de mama dói?
Muitas pessoas acreditam que a dor é um dos sintomas característicos do câncer de mama. No entanto, na maioria dos casos, a doença se desenvolve silenciosamente, sem manifestar sinais clínicos evidentes nos estágios iniciais.
Isso significa que não causa dor ou desconforto perceptível nas mamas ou nas regiões próximas. Isso ocorre porque as células atípicas – que podem formar um tumor – geralmente crescem lentamente e não afetam os nervos ou os tecidos sensoriais de maneira significativa.
No entanto, é fundamental ressaltar que a ausência de dor não significa que a doença não esteja presente. Isso torna o diagnóstico precoce ainda mais importante.
Por isso, realizar exames de rotina, como a mamografia, e estar atento a qualquer alteração nas mamas são medidas essenciais para a prevenção e o tratamento adequado.
Sinais iniciais do câncer de mama
Os primeiros sintomas do câncer de mama costumam ser sutis e podem incluir:
- Nódulos mamários;
- Secreção nos mamilos;
- Linfonodos palpáveis na axila ou no pescoço.
Vamos entender melhor cada um desses sinais:
1. Nódulos mamários
A presença de nódulos é um dos sintomas mais comuns, sendo detectada em aproximadamente 90% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Esses nódulos costumam ser:
- Duros, indolores e fixos, mas podem ser móveis em alguns casos.
- Com formatos variados, podendo ser bem definidos ou irregulares.
- Detectáveis pelo autoexame, sendo uma das principais formas de perceber alterações precoces.
2. Secreção nos mamilos
O câncer de mama pode causar secreção anormal e espontânea nos mamilos, conhecida como fluxo papilar.
O líquido eliminado pode ser:
- Transparente, rosado ou avermelhado, podendo indicar a presença de sangue.
- Liberado em uma ou ambas as mamas, o que pode ser um sinal de alerta.
3. Linfonodos palpáveis
O aumento dos linfonodos na região das axilas ou do pescoço pode indicar que o câncer se espalhou ou que há uma resposta inflamatória no organismo.
- Esses linfonodos podem ser endurecidos e palpáveis.
- Embora geralmente indolores, podem apresentar sensibilidade ao toque.
Quando o câncer de mama dói?
- Geralmente, o câncer de mama não causa dor nos estágios iniciais. No entanto, algumas mulheres podem sentir um desconforto leve ou uma sensação de peso nas mamas, principalmente se houver a presença de um nódulo.
- De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre 0,8% a 2% dos diagnósticos de câncer de mama incluem a presença de dor.
- A dor pode ocorrer em casos de câncer avançado, quando:
- O tumor cresce e começa a pressionar tecidos adjacentes, como pele, músculos ou linfonodos.
- Há a presença de metástases ou inflamação local.
- O paciente desenvolve um câncer inflamatório da mama, que pode gerar dor, inchaço e calor na região.
- Nesses casos, algumas mulheres relatam que o câncer de mama dói ou causa uma sensação de queimação, devido a inflamações ou infecções secundárias.
- Outros sintomas do câncer de mama além da dor:
- Mudanças visíveis na pele das mamas: vermelhidão, ulceração, descamação ou textura semelhante à casca de laranja.
- Alterações nos mamilos: inversão (quando o mamilo se retrai para dentro) ou secreção anormal (especialmente com sangue).
- Aumento do tamanho da mama: crescimento repentino e sem explicação pode ser um sinal de tumor avançado.
Quando a mama dói?
É importante lembrar que a dor nas mamas pode estar associada a diversas outras condições.
Segundo a Febrasgo, aproximadamente 70% das mulheres sentem dor mamária em algum momento da vida. No entanto, em menos de 15% dos casos essa dor é intensa o suficiente para interferir nas atividades diárias.
Principais causas de dor mamária:
1. Mastalgia cíclica
- Relacionada às oscilações hormonais do ciclo menstrual.
- Sensibilidade e dor podem aumentar antes da menstruação e desaparecer após o período.
- Geralmente, dura até sete dias.
2. Mastalgia acíclica
- Dor constante ou intermitente, sem relação com o ciclo menstrual.
- Pode ocorrer na menopausa ou ser causada por cistos, mastites, gravidez ou traumas na mama.
- Pode irradiar para a axila e o braço.
- Se persistir por mais de 10 a 15 dias, deve ser investigada.
3. Dor extramamária
- Ocorre na parede torácica, mas irradia para as mamas.
- Pode ser causada por nevralgia intercostal, contraturas musculares, artrite ou fibromialgia.
- Frequentemente confundida com dor mamária real.
- Exige avaliação de um mastologista para descartar problemas nas mamas.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.