Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

Carcinoma ductal in situ (CDIS) é o termo utilizado para descrever uma condição mamária que pode evoluir para um câncer invasivo.
Trata-se de um de câncer de mama menos agressivo, no qual as células tumorais são encontradas nos ductos mamários, mas ainda não têm capacidade de invadir tecidos adjacentes.
No entanto, o CDIS pode evoluir para um carcinoma invasivo, isto é, que tem potencial de se espalhar, se não for adequadamente tratada.
Neste artigo, você vai entender mais a fundo o que é um carcinoma in situ, como ele é diagnosticado, suas características e opções de tratamento.
O que é carcinoma ductal in situ da mama?
O termo refere-se a um câncer cujas células permanecem confinadas ao local de origem, no caso do carcinoma ductal in situ, nos ductos mamários.
As células têm a capacidade de se multiplicar de forma desordenada, mas, não de invadir outros tecidos, por exemplo, os lóbulos mamários.
Portanto, não é possível que as células se espalhem pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático para originar metástase em pelo corpo.
Por outro lado, o carcinoma invasivo é um tipo de câncer que pode se espalhar para outras partes do tecido mamário ou do corpo.
O CDIS é uma condição tratável, e é durante esta fase que os médicos conseguem intervir precocemente e prevenir a progressão para um carcinoma invasivo.

O que é carcinoma ductal in situ?
É considerado o estágio mais precoce do câncer de mama, na qual as lesões mamárias estão presentes apenas no interior dos ductos mamários. Embora sejam cancerígenas, não conseguem invadir outros tecidos da mama.
Contudo, é possível que o CDIS evolua para um câncer de mama invasivo. Por isso, é essencial iniciar o protocolo de tratamento o quanto antes para evitar complicações futuras.
O que é carcinoma lobular in situ?
Assim como o CDIS, é uma forma de carcinoma in situ. No entanto, no carcinoma lobular in situ (CLIS), as células anormais se encontram nos lóbulos mamários, que são as áreas produtoras de leite.
Sua presença indica um risco aumentado de desenvolver câncer em ambas as mamas no futuro.
Carcinoma ductal in situ é maligno?
O carcinoma ductal in situ é um câncer, porém não invasivo. Contudo, pode evoluir para um tumor maligno, isto é, que consegue invadir outros tecidos além do seu local de origem.
Qual é o tratamento para o carcinoma ductal in situ?
O tratamento para o carcinoma ductal in situ, geralmente, consiste na remoção cirúrgica do tumor, para evitar que evolua para um câncer invasivo.
Por causa das particularidades desta condição, é possível preservar todo o tecido mamário adjacente, portanto, geralmente, recomenda-se realizar a cirurgia conservadora de câncer de mama.
Além disso, pode ser necessário seguir com tratamentos complementares, para evitar o desenvolvimento de novas lesões mamárias.
Segundo o Hospital Albert Einstein, outras terapias podem ser acrescentadas ao protocolo do tratamento do CDIS, como radioterapia ou hormonioterapia.
Após o tratamento inicial, é fundamental que o paciente faça um acompanhamento regular com seu médico mastologista, com a realização de exames de imagem e consultas médicas para detectar precocemente qualquer sinal de recidiva.
Carcinoma ductal in situ pode voltar?
Após o tratamento com remoção cirúrgica, associados ou não à radioterapia ou hormonioterapia, as taxas de cura do CDIS são altas, segundo o Hospital Albert Einstein.
Conforme o American Society of Breast Surgeons (ASBrS), é possível realizar somente a cirurgia conservadora, quando a área tomada é pequena ou em mulheres mais velhas ou com problemas de saúde.
No entanto, a depender da avaliação do paciente acerca do seu histórico familiar e da presença de mutações genéticas, pode ser necessário realizar a cirurgia radical, que remove a maior parte do tecido mamário.
Com a mastectomia, a chance de cura do CDIS é de 98%, segundo o National Institutes of Health (NIH).
Com os avanços nas técnicas de diagnóstico e tratamento, as chances de cura são elevadas, e a recidiva pode ser minimizada com o acompanhamento adequado.
O paciente deve realizar exames regulares a cada 6 ou 12 meses, conforme a orientação do seu médico, durante os 5 anos seguintes do tratamento.
Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Ele é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.