Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

No dia 30 de julho, o mastologista Dr. Felipe Andrade esteve no IBCC Oncologia para ministrar uma aula especial aos residentes de Mastologia do programa de Aprimoramento e Residência Médica da instituição.
O encontro abordou o tema “Cirurgia em paciente metastática”, reunindo conhecimentos técnicos, evidências científicas e experiências práticas no manejo de casos avançados de câncer de mama.
Essa foi uma oportunidade valiosa de troca com profissionais em formação, reforçando a importância da atualização constante e do ensino médico de qualidade.
Como é o tratamento em pacientes com câncer de mama metastático?
O câncer de mama metastático é o estágio mais avançado da doença, caracterizado pela disseminação das células tumorais para outras partes do corpo, como ossos, pulmões, fígado ou cérebro.
Nessa fase, o objetivo principal do tratamento deixa de ser a cura e passa a focar no controle da doença, na redução dos sintomas e na manutenção da qualidade de vida.
Apesar do cenário desafiador, avanços na oncologia têm permitido que muitas pacientes vivam por vários anos com a doença controlada.
Isso ocorre graças a terapias cada vez mais personalizadas, que consideram o subtipo molecular do tumor, o histórico da paciente e sua resposta aos tratamentos anteriores.
Entre as abordagens terapêuticas para o câncer de mama metastático estão:
- Tratamento sistêmico: inclui hormonioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia, dependendo das características do tumor.
- Tratamento localizado: inclui abordagens que tratam as lesões de forma localizada, preservando o máximo possível de tecidos saudáveis:
- Radioterapia: indicada para aliviar sintomas, controlar a progressão local e tratar lesões específicas, como metástases ósseas dolorosas.
- Cirurgia: embora menos frequente nesse estágio, pode ser recomendada em situações específicas, principalmente quando há necessidade de controlar o tumor primário ou complicações locais.
Quando a cirurgia em pacientes metastáticas é indicada?
A cirurgia no câncer de mama metastático não é uma conduta de rotina, já que, nessa fase, o tratamento costuma ser sistêmico, visando controlar a doença em todo o organismo.
No entanto, existem situações específicas em que a remoção do tumor primário ou de lesões metastáticas pode trazer benefícios.
Entre as principais indicações estão:
- Controle local da doença: quando o tumor na mama ou na axila está causando sintomas importantes, como dor, ulceração, sangramento ou infecção, a cirurgia pode ajudar a melhorar o conforto da paciente;
- Redução da carga tumoral: em casos selecionados, a retirada do tumor primário pode contribuir para melhorar a resposta aos tratamentos sistêmicos;
- Metástases únicas ou restritas: em situações raras, quando há apenas uma ou poucas lesões metastáticas em órgãos como fígado ou pulmão, pode-se considerar a ressecção cirúrgica dessas áreas, em conjunto a outras terapias.
É fundamental que essa decisão seja multidisciplinar, envolvendo mastologistas, oncologistas clínicos, radioterapeutas e outros especialistas, sempre avaliando riscos, benefícios e expectativas da paciente.
A contribuição do Dr. Felipe Andrade no IBCC Oncologia
Durante sua participação no Curso de Aprimoramento e Residência Médica em Mastologia, o Dr. Felipe Andrade compartilhou sua experiência no manejo de doenças metastáticas, com ênfase nos critérios para indicar a cirurgia nesses casos.
A aula abordou desde a avaliação clínica e de exames de imagem, até o papel da cirurgia no controle local do tumor e melhora da qualidade de vida, reforçando a importância de decisões individualizadas e baseadas em evidências científicas.
Embora o tratamento sistêmico seja o foco nessa fase da doença, a abordagem cirúrgica pode ser uma aliada em situações específicas, para proporcionar controle local, redução de sintomas e até melhorar a resposta ao tratamento.
Para os residentes, a oportunidade foi valiosa para compreender o equilíbrio entre tratamento local e sistêmico e como o trabalho integrado entre especialidades pode transformar o cuidado da paciente metastática.
O trabalho do Dr. Felipe Andrade junto aos residentes de Mastologia do IBCC Oncologia reforça a importância da formação contínua para oferecer às pacientes metastáticas um tratamento mais humanizado, moderno e baseado em evidências.
O mastologista Dr. Felipe Andrade está à disposição para tirar qualquer dúvida e, caso você tenha sido diagnosticado com câncer de mama, te orientar com o melhor tratamento.
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O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.