Como começa o câncer de mama

Como começa o câncer de mama? Primeiros sinais e quando procurar um médico

Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher. 

Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

Saber como começa o câncer de mama é essencial para identificá-lo nos estágios iniciais. Quanto antes diagnosticado, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura.

Como começa o câncer de mama

Quanto antes for detectado, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura para o câncer de mama.

Nos estágios iniciais, essa doença costuma apresentar poucos sinais, sendo que os mais comuns são nódulos palpáveis na mama, caroço endurecido ou secreção no mamilo. 

Outros sintomas geralmente aparecem apenas em fases mais avançadas da doença, como: alterações na pele, retração do mamilo ou dor.

Por isso, realizar consultas regulares com um mastologista e exames de rastreamento, como a mamografia anual a partir dos 40 anos, é essencial para detectar sintomas do câncer de mama, antes que se tornem perceptíveis.

Neste artigo, você vai descobrir como o câncer de mama começa, quais são os primeiros sinais, quando procurar um médico e como o diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Como o câncer de mama começa?

O câncer de mama tem início quando as células da mama sofrem alterações no DNA e passam a se multiplicar de forma desordenada, sem respeitar os mecanismos naturais de controle do organismo. 

Essas células anormais podem formar um tumor maligno, que tem a capacidade de invadir tecidos vizinhos e, em alguns casos, alcançar outros órgãos por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático, caracterizando a metástase.

Em outros casos, as células anormais podem originar um tumor benigno, que permanece confinado ao seu local de origem.

Quais são os fatores que podem contribuir para o câncer de mama?

O câncer de mama é considerado uma doença multifatorial, ou seja, não existe uma causa única para seu desenvolvimento. 

Entre os fatores mais associados, destacam-se:

  • Idade: o risco aumenta principalmente após os 40 anos;
  • Histórico familiar: casos de câncer de mama ou ovário em parentes de primeiro grau podem indicar predisposição genética;
  • Alterações genéticas hereditárias: mutações em genes como BRCA1,  BRCA2 e alguns outros, estão relacionadas a maior risco;
  • Exposição hormonal: menarca precoce, menopausa tardia, uso prolongado de terapia hormonal e ausência de gestação são fatores que podem influenciar;
  • Estilo de vida: sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo, obesidade e má alimentação estão entre os fatores modificáveis que aumentam o risco.
  • Exposição à radiação: principalmente em idade jovem, pode favorecer alterações celulares.

É importante lembrar que ter fatores de risco não significa que a pessoa terá câncer, mas eles aumentam a probabilidade de a doença se desenvolver. Da mesma forma, mulheres sem fatores de risco também podem apresentar a condição.

Quais são os primeiros sinais do câncer de mama?

Normalmente, o câncer de mama começa de forma silenciosa. Na maioria dos casos, os sintomas iniciais são sutis e difíceis de perceber. 

Os sinais mais frequentes incluem:

  • Nódulo palpável na mama: geralmente com bordas irregulares e pouca mobilidade. Pode ser sentido em qualquer região da mama, mas é mais comum no quadrante superior externo;
  • Caroço endurecido: muitas vezes o paciente percebe um ponto mais rígido ou uma área mais densa em comparação ao restante da mama;
  • Secreção no mamilo: pode ocorrer de forma espontânea, transparente, leitosa ou até com traços de sangue.

Esses sinais aparecem antes de alterações visíveis na pele ou no mamilo, que costumam indicar estágios mais avançados da doença. 

Além disso, é comum os pacientes de câncer de mama terem ausência de dor nos estágios iniciais. Tumores pequenos raramente causam dor, embora algumas alterações possam causar desconforto.

Onde os nódulos costumam aparecer?

Os nódulos do câncer de mama podem surgir em diferentes regiões da mama, e a sua localização está frequentemente relacionada ao tipo de tumor. 

Os locais mais comuns incluem:

Quadrante superior externo da mama

Essa região, próxima à axila, concentra a maior parte do tecido mamário, tornando-se o local mais frequente para o aparecimento de nódulos.

Quadrante superior interno, inferior externo ou inferior interno

Embora menos comuns, nódulos também podem surgir em qualquer área da mama, dependendo do tipo e da evolução do tumor.

Lóbulos e ductos mamários

No carcinoma ductal invasivo, o tumor se origina nos ductos que transportam o leite e pode se espalhar para o tecido mamário adjacente. 

Já o carcinoma lobular invasivo surge nos lóbulos, responsáveis pela produção de leite, e tende a se apresentar de forma mais difusa, podendo ser mais difícil de palpar.

Linfonodos axilares

Células cancerígenas podem se deslocar do tumor para os linfonodos das axilas, que, quando aumentados ou endurecidos, podem ser detectados na palpação e servem como um sinal importante para avaliação da extensão da doença.

Como o câncer de mama é identificado?

O diagnóstico do câncer de mama combina avaliação clínica, exames de imagem e, quando necessário, procedimentos complementares. 

Essa investigação é essencial porque, em muitos casos, os nódulos só se tornam palpáveis quando o tumor já atingiu 1 a 2 cm, ou seja, em estágios mais avançados. Por isso, o rastreamento precoce é tão importante.

Avaliação clínica

O mastologista inicia o processo com o exame físico das mamas e das axilas. Nessa etapa, ele avalia características como tamanho, consistência, mobilidade e aderência do nódulo. 

Massas endurecidas, irregulares e fixas levantam maior suspeita de malignidade, mas somente exames complementares podem confirmar o diagnóstico.

Exames de imagem

  • Mamografia: principal exame de rastreamento, recomendado anualmente a partir dos 40 anos. É capaz de detectar lesões iniciais, muitas vezes antes que sejam palpáveis;
  • Ultrassonografia: indicada em mulheres mais jovens, com mamas densas ou para diferenciar nódulos sólidos de cistos. Também é utilizada para guiar procedimentos, como biópsias;
  • Ressonância magnética: solicitada em situações específicas, como alto risco genético (mutações nos genes BRCA1 e BRCA2) ou quando os resultados da mamografia e ultrassonografia não são conclusivos.

Classificação BI-RADS®

Os exames de imagem utilizam o sistema BI-RADS® (Breast Imaging-Reporting and Data System), que padroniza os laudos e classifica as alterações conforme o risco de câncer:

Classificação do Sistema BI-RADS® Categoria 0: exame inconclusivo Categoria 1: normal Categoria 2: benigno Categoria 3: provavelmente benigno Categoria 4: suspeito Categoria 5: altamente suspeito Categoria 6: investigado previamente e com resultado positivo (câncer)

Biópsia mamária

Quando há suspeita nos exames de imagem, a biópsia é realizada para analisar o tecido em laboratório. 

Esse procedimento tem a capacidade de confirmar se o nódulo é benigno ou maligno e definir as características do tumor, essenciais para o planejamento terapêutico.

Quando procurar um mastologista?

Ao identificar qualquer alteração nas mamas, é fundamental buscar atendimento médico o quanto antes, por mais simples que pareçam ser. 

Afinal, diversas doenças mamárias podem não manifestar sintomas imediatamente, apenas quando estão mais graves.

Assim sendo, o mastologista, médico responsável pelo cuidado da saúde das mamas, deve ser procurado sempre que houver sinais de alerta.

Mesmo que alguns desses sintomas possam estar relacionados a doenças benignas, somente o mastologista, com apoio de exames de imagem e biópsia, pode determinar a causa.

Quando o câncer de mama é diagnosticado ainda em fases iniciais, as chances de tratamento bem-sucedido aumentam significativamente, e, muitas vezes, as intervenções podem ser menos agressivas.

Por outro lado, quando os sintomas são ignorados e o diagnóstico acontece em estágios avançados, há maior risco de metástase, necessidade de tratamentos mais complexos e impacto na qualidade de vida.

O Dr. Felipe Andrade é médico mastologista, com ampla experiência no diagnóstico e tratamento das doenças mamárias, incluindo o câncer de mama em seus diferentes estágios. 

Ele atua de forma humanizada, unindo conhecimento científico atualizado a uma escuta atenta às necessidades de cada paciente.

Sua missão é oferecer um acompanhamento completo, desde a prevenção e detecção precoce até o tratamento individualizado, sempre com o objetivo de garantir mais qualidade de vida e bem-estar às mulheres.

Agendar uma consulta com um especialista como o Dr. Felipe é o primeiro passo para cuidar da saúde das mamas com segurança e tranquilidade.

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Respostas rápidas sobre como o câncer de mama começa

Como começa o câncer de mama?

O câncer de mama começa quando células da mama sofrem mutações no DNA e passam a se multiplicar de forma desordenada, formando um tumor maligno que pode invadir tecidos vizinhos ou se espalhar para outras partes do corpo.

Câncer de mama começa com que idade?

O risco de desenvolver câncer de mama aumenta principalmente após os 40 anos, sendo mais frequente em mulheres acima dos 50. Contudo, a doença também pode ocorrer em mulheres mais jovens.

Quais são os principais fatores de risco para o câncer de mama?

Idade acima de 40 anos, histórico familiar, mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2), exposição hormonal prolongada, sedentarismo, tabagismo, obesidade, consumo excessivo de álcool e exposição à radiação estão entre os principais fatores.

Quais são os primeiros sinais do câncer de mama?

Os sintomas iniciais costumam ser sutis, como nódulo palpável na mama, caroço endurecido e secreção no mamilo. Alterações na pele e retração do mamilo geralmente aparecem em fases mais avançadas.

Onde os nódulos do câncer de mama costumam aparecer?

O local mais comum é o quadrante superior externo da mama, próximo à axila. Também podem surgir em outras regiões mamárias, lóbulos, ductos mamários e até nos linfonodos axilares.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

Mastologista Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP. 

O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama. 

Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de Ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.

Atualmente, o Dr. Felipe Andrade é mastologista titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita, onde atende na Unidade Jardins, e realiza seus atendimentos no mesmo local.

Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.

Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.

O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.

Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.

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