Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

O diagnóstico precoce do câncer de mama é essencial para identificar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de cura, que podem chegar a 95%.
Quando o câncer de mama é diagnosticado com precisão, torna-se possível adotar uma abordagem de tratamento mais eficiente, reduzindo as chances de recidiva.
Os principais métodos de diagnóstico incluem:
- Mamografia: utiliza raios X para detectar massas suspeitas.
- Ultrassonografia: avalia diferentes tipos de lesões mamárias.
- Ressonância magnética: identifica células cancerígenas e auxilia na análise da extensão do tumor.
Além disso, a biópsia pode confirmar se um tumor é maligno ou benigno, a partir da análise de uma amostra do tecido suspeito.
O autoexame e o exame clínico também são importantes para identificar mudanças nas mamas, como nódulos, alterações na pele ou secreções anormais.
Este material aborda os exames essenciais para o diagnóstico do câncer de mama, explicando como são realizados e como auxiliam no tratamento da doença.
Qual a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama?
Segundo um estudo publicado pelo Jornal da USP, quando o câncer de mama é diagnosticado e tratado precocemente, as chances de cura podem chegar a 95%.
A conscientização sobre a importância das consultas médicas regulares é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama, contribuindo para a redução da mortalidade e para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.
O câncer de mama é um dos tipos mais comuns entre as mulheres, representando aproximadamente 28% dos novos casos de câncer.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final de 2025, são esperados mais de 73 mil novos casos da doença.
Outro dado relevante é que apenas 5% a 10% dos casos estão relacionados a fatores hereditários. Isso significa que a maioria dos diagnósticos está ligada a fatores comportamentais e ambientais, tais como:
- Obesidade;
- Má alimentação;
- Sedentarismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Tabagismo.
Além disso, a exposição a radiação ionizante, campos magnéticos, agrotóxicos, substâncias químicas e poluentes tóxicos também representa um fator de risco.
Fatores endócrinos e reprodutivos que podem influenciar o desenvolvimento do câncer de mama incluem:
- • Idade avançada;
- • Obesidade após a menopausa;
- • Menopausa tardia;
- • Menarca precoce;
- • Gravidez tardia;
- • Uso prolongado de medicamentos hormonais;
- • Reposição hormonal pós-menopausa.
Como os fatores ambientais e biológicos têm grande impacto na doença, adotar hábitos saudáveis e realizar exames preventivos regularmente são atitudes essenciais para reduzir os riscos.
Embora a prevenção não elimine completamente a possibilidade de desenvolver câncer, ela diminui significativamente as chances e facilita a detecção em estágios iniciais, permitindo um tratamento mais eficaz e menos invasivo.
Como identificar os sintomas do câncer precocemente?
Reconhecer os sintomas do câncer de mama é o primeiro passo para uma detecção precoce.
Embora, em muitos casos, a doença não apresente sintomas tão evidentes em estágios iniciais, é possível identificar alguns sinais que podem indicar a presença do câncer.

Na tabela acima, você pode ver todos os sintomas e sinais clínicos associados à doença. Contudo, isso não significa que os pacientes apresentem todas estas mudanças.
Além disso, alguns sintomas são percebidos somente nos estágios mais avançados do câncer de mama, quando já existe um comprometimento maior do tecido mamário, de tecidos adjacentes ou a presença de metástases.
Nódulos ou caroços nas mamas ou nas axilas, assim como linfonodos palpáveis nas axilas ou na região do pescoço, são um dos sinais mais comuns que facilitam o diagnóstico nos estágios iniciais.
Inclusive, eles podem ser detectados pelo próprio paciente com a realização de autoexames regulares, preferencialmente após a menstruação.
Leia mais sobre os sintomas do câncer de mama, para conhecer todas as alterações e quando elas aparecem.
Como é feito o diagnóstico do câncer de mama?
A partir dos 40 anos, é essencial realizar exames de rastreamento do câncer de mama. O diagnóstico se baseia na combinação de diferentes testes, que permitem identificar alterações suspeitas e confirmar a presença de tumores.
1. Autoexame
Consiste na observação visual e na palpação das mamas. Deve ser feito mensalmente, uma semana após a menstruação (ou em um dia fixo para mulheres na menopausa).
- Observar no espelho: mudanças como ondulações, retrações da pele ou alterações nos mamilos.
- Palpar: verificar a presença de nódulos ou áreas endurecidas nas mamas, axilas e regiões próximas.
Essa estratégia tem como objetivo um autoconhecimento das mamas. Não ajuda em diagnosticar precocemente um câncer de mama !
2. Mamografia
Exame de raios X utilizado para detectar nódulos, calcificações ou massas anormais.
- Indicação: mulheres a partir dos 40 anos devem realizá-la anualmente.
- BI-RADS®: sistema de classificação que avalia a probabilidade de malignidade das alterações mamárias.
3. Ultrassonografia
Complementa a mamografia, especialmente em mulheres jovens com mamas densas.
- Diferencia cistos de massas sólidas;
- Não utiliza radiação;
- Auxilia na avaliação de lesões suspeitas.
4. Ressonância Magnética
Método avançado, recomendado para:
- Mulheres com alto risco genético (mutações BRCA1 e BRCA2);
- Casos inconclusivos na mamografia ou ultrassonografia;
- Avaliação da extensão do tumor já diagnosticado.
5. Biópsia
Procedimento que confirma ou descarta a presença de células cancerígenas nos tecidos mamários.
- Indicação: realizada quando exames anteriores indicam alta suspeita de malignidade.
- Análise patológica: determina o tipo do tumor (exemplo: carcinoma ductal in situ ou carcinoma lobular invasivo).
- Avaliação de receptores hormonais e do HER-2, auxiliando na definição do tratamento.
Lembre-se: com prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos modernos, é possível curar o câncer de mama e retomar uma vida saudável e plena.
Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.