Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
A dor nos seios, chamada de mastalgia, é um dos sintomas que muitas mulheres sentem ao longo de toda vida, inclusive, é um dos principais motivos da procura por um médico mastologista.
O surgimento da dor e sua intensidade podem variar de acordo com o período menstrual ou ainda ocorrer de forma intermitente.
Além disso, é possível que a dor irradie para outras áreas do corpo, o que pode prejudicar a realização de atividades simples do cotidiano.
Neste artigo, você vai entender melhor o que pode ser dor nos seios, o que significa cada condição e os possíveis planos de tratamento.
Boa leitura!
Dor nas mamas: o que pode ser?
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a dor mamária atinge, no decorrer da vida, entre 65% a 70% das mulheres, de qualquer idade.
As dores nas mamas relatadas pelas mulheres costumam ser de leve a moderada, o que não interfere em seu cotidiano. Somente de 10% a 15% dos casos são dores fortes.
E, ao contrário do que a maioria pensa, a mastalgia não está relacionada somente ao câncer de mama. Aliás, somente de 0,8% a 2% desse sintoma está relacionado à doença, conforme a Febrasgo.
A dor mamária relacionada ao câncer ocorre principalmente nos estágios mais avançados da doença, quando há comprometimento da pele ou da parede torácica.
Na maior parte dos casos, a doença ocorre de forma silenciosa, totalmente indolor. Os sintomas perceptíveis são referentes à presença de nódulos, alterações na textura e coloração da pele e até secreções (fluxo papilar).
Mas, além do câncer de mama, o que significa dor nas mamas? Veja o que pode ser abaixo:
Mastalgia cíclica
É aquela que está associada ao ciclo menstrual, e pode ser acompanhada de sensibilidade e desconforto nas mamas.
Geralmente, essa dor intensifica-se antes da menstruação e pode durar até sete dias.
Após o início do período menstrual, a dor tende a aliviar, por causa das mudanças hormonais que ocorrem no corpo.
A dor no bico dos seios, por exemplo, pode ser causada pela sensibilidade no período menstrual aliado ao atrito das roupas.
De qualquer forma, essa dor varia de leve a moderada e não interfere significativamente nas atividades diárias.
Mastalgia acíclica
Por outro lado, a mastalgia cíclica pode ser constante ou intermitente e não está relacionada ao ciclo menstrual.
Esse tipo de dor pode ocorrer em diversas situações, como após a menopausa, mas também pode ser causada por condições que inflamam as mamas, como mastites, cistos mamários, gravidez ou traumas.
A intensidade da dor pode variar, e os sintomas mais leves geralmente não afetam a vida cotidiana da mulher.
No entanto, dores mais severas podem se estender para a axila e o braço, tornando-se um obstáculo nas tarefas diárias.
Dor extramamária
Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a dor nas mamas, na verdade, pode se originar na parede torácica e irradiar para os seios.
Essa dor pode ser causada por condições como nevralgia intercostal, contratura muscular, artrite ou fibromialgia.
Pacientes frequentemente relatam dor no início da mama, o que pode dificultar a identificação da origem real do desconforto.
Como aliviar a dor nas mamas?
Existem sim medicamentos que podem aliviar a mastalgia, contudo, eles devem ser prescritos somente após a avaliação de um médico ginecologista ou mastologista.
Os remédios mais recomendados para muita dor nos seios incluem:
- Anti-inflamatórios (não-hormonais);
- Óleo de prímula;
- Tamoxifeno;
- Diuréticos;
- Entre outros.
Porém, é necessário consultar um profissional para que avalie seu caso e indique a melhor conduta.
Também é possível amenizar a dor e o incômodo com o uso de roupas adequadas para cada tipo de atividade.
Por exemplo, para a realização de exercícios físicos, recomenda-se usar tops com uma boa sustentação e evitar peças muito folgadas ou muito apertadas.
No cotidiano, também indica-se a preferência por sutiãs e tops com boa sustentação, de alças largas e preferencialmente cruzadas.
É importante que qualquer dor persistente ou intensa nos seios seja avaliada por um médico com conhecimentos aprofundados sobre as mamas, para fornecer um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
Está com dores nas mamas? Conheça o Dr. Felipe Andrade
O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgro) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Ele é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos na Unidade Jardins.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.
