Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final de 2025, estima-se o registro de 73.610 novos casos da doença no Brasil.
Nesse contexto, conhecer o próprio corpo é essencial para identificar precocemente alterações que possam indicar a necessidade de avaliação médica.
É importante reforçar que o autoexame deve ser encarado como um método auxiliar e não substitui os exames de rastreamento indicados pelo mastologista.
Como fazer o exame de toque das mamas?
O exame de toque deve ser realizado mensalmente, preferencialmente alguns dias após o término do ciclo menstrual, período em que as mamas estão menos sensíveis e menos inchadas.
Para mulheres que já passaram pela menopausa, recomenda-se definir um dia fixo por mês para realizar o exame, garantindo a regularidade.
Passo a passo do autoexame:
1. Diante do espelho
- Observe as mamas com os braços ao longo do corpo;
- Verifique alterações no formato, tamanho, coloração da pele ou nos mamilos;
- Em seguida, levante os braços e repita a observação.
2. Em pé, durante o banho
- Com as mãos ensaboadas, utilize a ponta dos dedos para realizar movimentos circulares nas mamas;
- Inicie pela parte externa e avance em direção ao mamilo;
- Não se esqueça de examinar a região das axilas.
3. Deitada
- Deite-se e posicione um dos braços atrás da cabeça;
- Com a mão oposta, realize os mesmos movimentos circulares para apalpar a mama;
- Repita o procedimento na outra mama.
Quais alterações podem ser encontradas no exame de toque?
Durante o autoexame, é possível perceber algumas alterações que merecem atenção, tais como:
- Nódulos ou caroços (que podem ser benignos ou malignos);
- Mudanças na pele (vermelhidão, enrugamento, aspecto de “casca de laranja”);
- Secreção anormal nos mamilos (especialmente sanguinolenta);
- Alterações no formato das mamas ou dos mamilos (retração, inversão ou assimetrias repentinas).
Vale destacar que a presença de alguma dessas alterações não significa necessariamente a existência de um câncer de mama. Muitas alterações benignas, como cistos ou fibroadenomas, podem apresentar características semelhantes.
Contudo, a avaliação médica especializada é imprescindível para um diagnóstico preciso.
Quando procurar um médico?
Toda alteração identificada no autoexame das mamas deve ser comunicada a um profissional de saúde, preferencialmente um mastologista.
Além disso, mesmo na ausência de sintomas, é fundamental seguir as orientações de rastreamento do câncer de mama:
- Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar mamografia anualmente ou conforme orientação médica;
- Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem conversar com o especialista para definir uma rotina de exames mais específica.
Também é importante buscar avaliação médica nas seguintes situações:
- Dor mamária persistente;
- Secreção mamilar anormal;
- Mudanças visíveis nas mamas ou nos mamilos;
- Presença de nódulos ou caroços;
- Linfonodos aumentados na axila ou pescoço.
A mamografia continua sendo o principal exame de rastreamento do câncer de mama e deve ser realizada conforme a faixa etária e os fatores de risco de cada paciente.
O diagnóstico precoce é um dos principais aliados no sucesso do tratamento, possibilitando a adoção de medidas mais eficazes e menos invasivas.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.