Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
Apesar do fibroadenoma ser uma lesão benigna e não representar riscos graves à saúde, exige acompanhamento com um mastologista.

O fibroadenoma é um nódulo mamário benigno, que aparece com maior frequência em mulheres entre 15 e 35 anos.
Ele pode surgir de forma espontânea e, na maioria dos casos, não está associado ao câncer de mama.
Mesmo sendo uma alteração considerada inofensiva, o fibroadenoma deve ser avaliado e monitorado por um especialista.
Isso porque outras condições mamárias podem apresentar características semelhantes, portanto, exige um diagnóstico preciso para garantir a segurança da paciente.
Muitas mulheres descobrem o fibroadenoma durante o autoexame ou em consultas de rotina. Em geral, trata-se de um nódulo firme, elástico, móvel e bem delimitado.
Apesar de não causar sintomas na maioria das vezes, algumas pacientes relatam sensibilidade ou leve desconforto, principalmente em fases de oscilação hormonal.
Neste artigo, você vai entender melhor o fibroadenoma, o que é, quais são suas características, quando precisa ser removido, quais exames são indicados e o que diferencia esse nódulo de outras alterações mamárias.
O que é fibroadenoma mamário?
Trata-se de uma lesão sólida, composta por tecido glandular, que é responsável pela produção de leite, e tecido conjuntivo, ou estroma, que é um tecido de sustentação, que se desenvolve na mama.
Sua origem exata ainda é desconhecida, mas acredita-se que tenha relação com os níveis hormonais, com maior incidência entre mulheres de 15 a 35 anos.
O fibroadenoma na mama se apresenta como um nódulo firme, mas com consistência elástica, e seu tamanho pode variar, mas comumente não ultrapassam 3 cm.
Quanto à forma, os fibroadenomas são frequentemente descritos como ovais, esféricos ou multilobulados, com pequenas ondulações, e possuem contornos bem definidos e regulares.
Quais são os sintomas de fibroadenoma?
Uma de suas características mais marcantes é que o nódulo se move ao toque, diferente de lesões malignas que costumam ser fixas.
Na maioria das vezes, os nódulos são indolores, embora algumas mulheres possam sentir sensibilidade, principalmente relacionada ao ciclo menstrual ou durante a gravidez, devido à influência hormonal.
Essas alterações, no entanto, costumam regredir espontaneamente após a menstruação ou após a gestação.
É importante ressaltar que essas características são gerais, portanto, apenas um mastologista, com auxílio de exames de imagem, pode confirmar a natureza de um nódulo mamário.
O autoexame é útil para conhecer o próprio corpo, mas não substitui a avaliação médica especializada para um diagnóstico preciso do fibroadenoma.
Como diagnosticar o fibroadenoma?
O diagnóstico preciso de um fibroadenoma envolve uma combinação de avaliação clínica e exames de imagem.
O processo inicia-se com o exame físico realizado pelo mastologista, que palpa as mamas para identificar o nódulo e avaliar suas características como tamanho, consistência e mobilidade.
Nódulos móveis e bem delimitados levantam a suspeita de fibroadenoma, mas, para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar exames de imagem.
A ultrassonografia mamária costuma ser o principal exame para investigar nódulos benignos, principalmente em mulheres jovens, por causa da densidade mamária que é alta para a mamografia.
O exame consegue diferenciar com maior precisão os nódulos sólidos benignos de cistos líquidos ou nódulos malignos.
A mamografia pode ser solicitada, principalmente após os 40 anos, para uma avaliação mais completa do tecido mamário.
Em alguns casos, quando há dúvida diagnóstica ou características atípicas no fibroadenoma, pode ser necessária uma biópsia.
A core biopsy (biópsia com agulha grossa) ou a Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) retiram amostras do tecido para análise laboratorial, para confirmar se a lesão é um fibroadenoma ou outra condição.
Quais são os tratamentos para fibroadenoma?
Na maioria dos casos, não é necessário remover cirurgicamente os nódulos. Mas a decisão depende do tamanho do nódulo, da idade da paciente, da presença de sintomas e das características observadas nos exames de imagem.
Para fibroadenomas pequenos, geralmente menores que 2 cm, e em mulheres com menos de 35 anos, a conduta mais comum é o acompanhamento clínico e por imagem.
Isso significa realizar consultas e exames periódicos, como ultrassonografia, a cada 6 meses ou anualmente, para monitorar se há crescimento ou alterações no nódulo.
A retirada do fibroadenoma pode ser indicada em situações específicas, por exemplo, se o nódulo apresentar crescimento rápido, causar dor ou desconforto significativo,
Além disso, o desejo da paciente ou a presença de “cancerofobia” (medo excessivo de câncer) também são fatores considerados na decisão.
Fibroadenomas mamários podem virar câncer?
Felizmente, na maioria dos casos, o fibroadenoma não se transforma em câncer de mama. Ele é uma lesão benigna por natureza, composta por células normais do tecido mamário que cresceram de forma organizada, mas excessiva.
É fundamental entender que um nódulo benigno, como o fibroadenoma, tem origem e características celulares diferentes de um nódulo maligno.
O câncer surge de células com mutações genéticas que se multiplicam descontroladamente e têm potencial de invadir outros tecidos. Por outro lado, células de um fibroadenoma não possuem essa capacidade.
Embora o risco seja extremamente baixo, subtipos raros como o fibroadenoma complexo ou a presença de lesões proliferativas adjacentes podem indicar um risco discretamente aumentado para desenvolver câncer de mama no futuro.
O acompanhamento regular com o mastologista é essencial para monitorar qualquer alteração e garantir a segurança da paciente.
Na Clínica FEMA, o Dr. Felipe Andrade está à disposição para oferecer um diagnóstico preciso e um plano de acompanhamento individualizado para seu caso de fibroadenoma.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.