Mulher faz autoexame na axila, ilustrando a importância da detecção precoce de íngua na axila e sinais de câncer de mama.

Íngua na axila pode ter relação com câncer de mama?

Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher. 

Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

A íngua na axila pode indicar desde inflamações leves até doenças mais sérias, como câncer de mama ou linfoma.

Mulher faz autoexame na axila, ilustrando a importância da detecção precoce de íngua na axila e sinais de câncer de mama.

A presença de uma íngua na axila costuma gerar dúvidas, principalmente quando aparece de forma repentina, é dolorosa ou demora a desaparecer. 

Em muitos casos, esse caroço axilar é resultado de uma inflamação passageira ou de uma infecção localizada, como pelos encravados ou foliculites. No entanto, há situações em que pode indicar algo mais sério.

Essa íngua nada mais é do que um linfonodo palpável, ou seja, um gânglio linfático que aumentou de tamanho por estar combatendo alguma alteração no organismo. 

Por isso, pode estar relacionada a infecções virais, doenças autoimunes, reações inflamatórias, cistos, ou ainda, ser um dos primeiros sinais de alerta para doenças como linfoma ou câncer de mama.

Acompanhe o artigo para entender o que pode ser uma íngua na axila, como tratar, como diferenciá-la de outras condições benignas e quando procurar um especialista para avaliação. 

O que é íngua na axila?

A íngua na axila é um linfonodo aumentado, perceptível ao toque e sinal de que o organismo está respondendo a alguma alteração. 

Os linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos, fazem parte do sistema imunológico e atuam na defesa do organismo contra infecções, inflamações e doenças mais graves.

Quando ocorre alguma alteração no corpo, como infecção, inflamação ou proliferação anormal de células, os linfonodos podem aumentar de tamanho, tornando-se palpáveis e, em alguns casos, doloridos. 

Esse aumento é chamado de linfadenopatia e pode surgir em diversas partes do corpo, inclusive na axila.

O que causa íngua na axila?

As causas mais comuns de um linfonodo aumentado são infecções bacterianas ou virais. Inflamações locais, como foliculite ou pelos encravados, também estão entre as causas frequentes. 

No entanto, o inchaço persistente ou o aumento progressivo do linfonodo podem indicar doenças mais complexas.

É importante destacar que esse caroço axilar pode aparecer tanto em homens quanto em mulheres. 

Mas, no público feminino, a aparição deve sempre ser investigada com atenção redobrada, já que essa região concentra os principais linfonodos que drenam a mama.

Quando a íngua é mole, dolorida e aparece de forma súbita, costuma estar relacionada a causas benignas. 

Já linfonodos endurecidos, fixos, indolores e com crescimento progressivo exigem avaliação médica especializada.

Íngua na axila pode ter relação com câncer de mama?

Sim, a íngua na axila pode ter relação com o câncer de mama, principalmente em casos onde há comprometimento dos linfonodos axilares por células tumorais. 

Esses gânglios fazem parte da drenagem linfática da mama, por isso, são os primeiros locais a serem avaliados quando existe suspeita de câncer.

No câncer de mama, as células malignas podem se espalhar pelos vasos linfáticos e se alojar nos linfonodos da axila. 

Esse processo é conhecido como metástase, por isso, linfonodos aumentados, endurecidos, fixos e indolores devem sempre ser investigados, principalmente em pacientes com histórico pessoal ou familiar da doença.

A presença de um caroço na axila é um critério importante para o estadiamento do câncer de mama. 

Isso significa que o número e o tamanho dos linfonodos comprometidos ajudam a definir a gravidade da doença e a conduta terapêutica mais adequada.

Diante de qualquer caroço persistente na axila, deve ser feita uma avaliação o quanto antes, para que o médico consiga realizar um diagnóstico precoce.

Íngua na axila, o que pode ser além de câncer de mama?

Na maioria das vezes, a íngua é uma reação de defesa do organismo. Em muitos casos, trata-se de uma resposta do sistema imunológico a infecções ou inflamações locais ou sistêmicas. 

Isso acontece porque os linfonodos funcionam como filtros, atuando na defesa contra agentes invasores.

Quando detectam a presença de agentes estranhos, como vírus, bactérias ou células anormais, aumentam de volume, o que pode ser percebido como um caroço ou nódulo na axila.

Infecções são uma das causas mais comuns, como:

  • Gripes;
  • Viroses;
  • Mononucleose;
  • Toxoplasmose;
  • Infecções de pele;
  • Abcessos; 
  • Feridas próximas à região axilar

Além disso, doenças inflamatórias e autoimunes também devem ser consideradas, porque interferem no sistema imunológico.

Consequentemente, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e outras condições autoimunes podem provocar aumento de linfonodos de forma difusa, incluindo na axila.

Outra possibilidade é o linfoma, um tipo de câncer que afeta diretamente os linfonodos. No linfoma, a íngua costuma ser indolor, de crescimento progressivo, firme ao toque e sem sinais de infecção associada. 

Muitas vezes, pode vir acompanhada de sintomas como suor noturno, perda de peso inexplicada e febre persistente.

Todo caroço na axilia é ingua?

Não, existem outras condições que podem causar o volume no local, que não são ligadas aos linfonodos.

Por exemplo, a hidradenite supurativa é uma doença inflamatória crônica que acomete as glândulas sudoríparas, principalmente em áreas como axilas e virilhas. 

Além disso, a mama acessória, que é a presença de tecido mamário residual na axila, pode causar inchaço ou nódulos nessa região, principalmente durante o ciclo menstrual ou amamentação. 

O cisto sebáceo é outro provável diagnóstico, que ocorre quando uma glândula da pele fica obstruída, o que favorece a formação de um caroço macio e móvel, com crescimento lento, e pode se tornar doloroso se houver inflamação.

O que pode ser um caroço na axila? Linfonodos palpáveis: derivado de câncer de mama, infecções ou doenças autoimunes. Mama acessória: tecido mamário residual, que pode inchar durante períodos menstruais ou gestacionais. Cisto sebáceo: acúmulo de sebo causado pela obstrução das glândulas sebáceas. Hidradenite supurativa: conhecida como acne inversa, é uma doença dermatológica, que pode formar um caroço com pus na axila. Lucimara Nascimento há 7 dias

Quando os linfonodos persistem por mais de 3 semanas, não diminuem com o uso de medicamentos ou acompanham sintomas como alterações na pele da mama, é fundamental procurar um mastologista.

Leia mais sobre:

Caroço na axila: quando é um sinal preocupante? 

Íngua na axila, como é o tratamento?

O tratamento da íngua na axila depende da causa que provocou o aumento dos linfonodos. 

Por isso, o primeiro passo sempre deve ser a avaliação médica, que inclui exame físico, exames de imagem e, quando necessário, biópsia.

Quando a causa é uma infecção, como mastite, abscessos, viroses ou infecções bacterianas da pele, o tratamento costuma incluir antibióticos, anti-inflamatórios e cuidados locais.

Em geral, com o controle da infecção, os linfonodos voltam ao tamanho normal em poucos dias ou semanas.

Nos casos de inflamações crônicas ou doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide, o tratamento envolve o controle da resposta imune, o que costuma reduzir o inchaço dos linfonodos.

São indicados medicamentos como corticosteroides e imunossupressores, sempre sob orientação de um reumatologista ou especialista. 

Se a íngua estiver relacionada ao linfoma, o tratamento é mais específico e envolve quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, imunoterapia. 

Já quando a íngua está associada ao câncer de mama, principalmente em pacientes que já têm o diagnóstico confirmado, os linfonodos podem ser avaliados por meio de exames de imagem e biópsia, se necessário. 

Em casos com comprometimento ganglionar confirmado, o tratamento pode envolver:

  • Cirurgia para retirada dos linfonodos axilares;
  • Radioterapia na região axilar;
  • Quimioterapia ou hormonioterapia, conforme o subtipo do câncer.

Nesses casos, o tratamento visa tanto controlar a doença mamária quanto prevenir metástases, já que o sistema linfático pode disseminar células cancerígenas para outros locais do corpo. 

Veja mais sobre:

Tratamento do câncer de mama: quais as principais abordagens? 

Quando procurar um médico para íngua na axila?

Seja qual for a causa, a presença de uma íngua na axila exige investigação médica.

A persistência do nódulo, a ausência de dor, o crescimento progressivo ou a presença de outros sintomas sistêmicos, como febre, perda de peso ou alterações na pele das mamas, são sinais de alerta que não devem ser ignorados.

Por isso, é fundamental contar com a avaliação de um especialista, como um médico mastologista, que pode conduzir uma investigação completa, identificar a causa e indicar a melhor conduta. 

Na Clínica FEMA, o Dr. Felipe Andrade oferece um atendimento individualizado, com foco na detecção precoce e no cuidado integral para oferecer o melhor serviço a cada paciente.

Se você identificou um nódulo na axila ou tem dúvidas sobre sua saúde mamária, agende uma consulta.

Conheça melhor os tratamentos disponibilizados pela Clínica FEMA.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

Mastologista em São Paulo - Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP. 

O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama. 

Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.

Atualmente, o Dr. Felipe  Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.

Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.

Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.

O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.

Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.

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