Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
A mastite é uma inflamação da mama que pode causar dor, inchaço e vermelhidão, e exige acompanhamento médico para evitar complicações como abscesso mamário.

A mastite é um problema que afeta principalmente mulheres em fase de amamentação, mas também pode surgir fora desse período.
A inflamação pode ou não estar associada à infecção bacteriana, por isso, exige atenção para evitar que a condição evolua e cause mais desconforto ou complicações.
O principal sintoma da condição é a dor mamária intensa, que pode ser acompanhado de vermelhidão e febre, ou também dificuldade para amamentar no caso de lactantes.
Mesmo quando os sintomas são leves, é importante investigar a causa da mastite e iniciar o tratamento mais adequado o quanto antes.
Para você saber como lidar com a condição da melhor forma, neste artigo, vai entender o que é mastite, como ela se manifesta, quais são os principais sintomas e fatores de risco.
O que é mastite?
A mastite é uma inflamação do tecido mamário, geralmente associada ao acúmulo de leite que causa obstrução ou à entrada de bactérias nos ductos mamários, e pode ser infecciosa ou não infecciosa.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o processo inflamatório afeta até 20% das mulheres que estão em período de lactação.
A condição costuma ocorrer com mais frequência durante o período de amamentação, principalmente nas primeiras semanas após o parto (mastite puerperal ou mastite de amamentação), segundo o artigo Mastitis: Causes and Management.
Apesar de ser mais comum em lactantes, a mastite também pode acometer mulheres fora da amamentação, principalmente entre os 15 e os 45 anos de idade.
A mastite é considerada uma condição tratável, mas precisa de atenção médica para evitar o surgimento de complicações, como o abscesso mamário, uma bolsa de pus dolorosa que pode necessitar de drenagem.
O diagnóstico precoce e o manejo correto garantem uma recuperação mais tranquila e previnem a recorrência do problema.
O que causa mastite e quais são os fatores de risco?
Na forma infecciosa, a mastite ocorre quando bactérias entram por fissuras nos mamilos ou pelos ductos mamários e se multiplicam dentro da mama.
Essas microfissuras nos mamilos podem surgir com a pega incorreta do bebê, e facilitam a invasão de micro-organismos. A bactéria mais comum associada à mastite é o Staphylococcus aureus, presente na pele da mãe ou na boca do bebê.
Com isso, o sistema imunológico libera os glóbulos brancos para combater os microorganismos invasores, o que causa o inchaço e o aumento do fluxo sanguíneo.
Já a mastite não infecciosa ocorre devido à obstrução de ductos mamários, geralmente causada pelo esvaziamento incompleto das mamas.
Essa obstrução geralmente é causada pelo acúmulo de leite nas mamas, conhecido como ingurgitamento mamário, gerando aumento do risco de infecção.
Além da fase de amamentação, a mastite pode afetar mulheres fora do puerpério, chamada de mastite não puerperal.
Nesse caso, pode estar associada a alterações hormonais, tabagismo, piercings, trauma local, uso de próteses mamárias ou uso de contraceptivos orais.
Os principais fatores de risco para a mastite incluem:
- Amamentação com pega incorreta;
- Intervalos longos entre as mamadas;
- Lesões ou rachaduras no mamilo;
- Uso de sutiãs apertados;
- Histórico de mastite anterior;
- Sistema imunológico enfraquecido;
- Acúmulo de leite residual após as mamadas.
A mastite pode ser classificada em diferentes tipos, de acordo com o momento em que ocorre e com as características da inflamação.

Independentemente do tipo, toda mastite precisa ser avaliada por um especialista para definir o tratamento mais adequado e evitar complicações.
Quais são os sintomas de mastite?
Os sintomas da mastite variam conforme a intensidade da inflamação e o tempo de evolução da condição.
Em geral, os sinais se instalam de forma rápida, comprometendo o bem-estar da paciente e, em casos de lactação, afetando diretamente a amamentação.
A mastite se manifesta inicialmente com dor localizada, sensação de calor e vermelhidão em uma área da mama.
É comum que o local também apresente inchaço e endurecimento, tornando o toque sensível e desconfortável.
Com a progressão do quadro, a paciente pode apresentar:
- Dor intensa e contínua em uma das mamas;
- Calafrios, mal-estar e febre acima de 38,5 °C;
- Região avermelhada, quente e com aspecto inflamado;
- Formação de nódulo endurecido;
- Secreção purulenta em casos mais avançados.
Quando associada à amamentação, a dor pode piorar durante as mamadas, principalmente se houver fissuras ou rachaduras no mamilo.
Se não for tratada adequadamente, a mastite pode evoluir para um abscesso mamário, que se assemelha a um nódulo firme, doloroso e, muitas vezes, visível ou palpável.
Como é feito o tratamento da mastite?
O tratamento da mastite depende do tipo e da gravidade da inflamação, mas, de forma geral, envolve medidas para reduzir a dor, controlar a infecção e evitar complicações, como a formação de abscessos.
Nos casos mais comuns, principalmente durante a amamentação, o uso de antibióticos é o principal recurso.
Os medicamentos geralmente são prescritos por 7 a 10 dias e devem ser mantidos até o fim do ciclo, mesmo que os sintomas melhorem antes. Isso evita que a infecção retorne ou se torne resistente.
Além disso, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para aliviar o desconforto, sempre com orientação médica.
Compressas mornas antes da amamentação ajudam a facilitar o fluxo do leite e a reduzir a dor. Já as compressas frias entre as mamadas podem aliviar o inchaço local.
Se você estiver com mastite puerperal, continue amamentando normalmente, a menos que seu médico recomende o contrário.
Esvaziar as mamas com frequência, seja por meio da sucção do bebê ou com bomba extratora, é fundamental para evitar o acúmulo de leite, que pode agravar o quadro inflamatório.
Nos casos em que a mastite evolui para abscesso, pode ser necessário realizar drenagem.
O procedimento para drenar o abscesso na mama pode ocorrer por meio de uma cirurgia ou por meio de uma aspiração com agulha fina guiada por ultrassom, segundo a American Cancer Society.
Em mastites crônicas ou granulomatosas, o tratamento pode incluir corticosteroides e acompanhamento prolongado com o mastologista.
Quanto procurar um mastologista para tratar mastite?
Nem toda dor ou inflamação nas mamas representa um quadro grave, mas é importante estar atento aos sinais que indicam a necessidade de avaliação médica.
A mastite, quando não tratada corretamente, pode evoluir para infecções mais sérias ou até gerar complicações como o abscesso mamário.
Em mulheres que não estão amamentando, a mastite pode ser confundida com outras condições mamárias, como alterações benignas ou até mesmo câncer de mama.
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Por isso, é essencial realizar exames de imagem, como ultrassonografia mamária, e, em alguns casos, exames laboratoriais ou biópsia, para confirmar o diagnóstico.
Também é necessário acompanhamento com especialista quando há recorrência do quadro ou quando o tratamento inicial não surte efeito.
Nestes casos, pode haver um tipo menos comum de mastite, como a mastite granulomatosa, que exige condutas específicas e acompanhamento de longo prazo.
Então, ao perceber dor persistente, vermelhidão, calor local ou qualquer outro sintoma incomum nas mamas, é fundamental procurar atendimento especializado.
Na Clínica FEMA, o cuidado com a saúde das mamas é feito de forma individualizada, humanizada e com excelência técnica.
O acompanhamento é realizado por especialistas que atuam desde a prevenção até o diagnóstico e tratamento das doenças mamárias.
Se você tem sintomas ou dúvidas sobre alterações nas mamas, agende uma consulta com o Dr. Felipe Andrade.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de Ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.