Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
Os fibroadenomas são nódulos mamários benignos e, na maioria dos casos, não precisam ser removidos. No entanto, o acompanhamento médico é fundamental para monitorar seu comportamento e evitar preocupações desnecessárias.

Você sabe se o nódulo benigno na mama precisa ser retirado? Este tipo de lesão é mais comumente de ser encontrado em pacientes mulheres.
Conforme citado pelo Hospital Albert Einstein, o achado de um nódulo na mama representa cerca de 60% dos motivos que levam um paciente ao consultório. Desse percentual, 75% é diagnosticado com um nódulo benigno.
O nódulo mamário benigno mais comum é o fibroadenoma, que desenvolve-se nas glândulas mamárias, e não representa risco à saúde.
Apesar disso, é essencial confirmar o diagnóstico com um médico, para descartar qualquer outra possibilidade. E caso seja confirmado a malignidade, iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
Acompanhe este material para entender melhor sobre fibroadenoma e se o nódulo benigno na mama precisa ser retirado.
Boa leitura!
O que é um fibroadenoma?
O fibroadenoma é um tumor benigno da mama, formado por tecido glandular associado ao estroma (tecido conjuntivo). Trata-se de um dos nódulos mamários benignos mais comuns, especialmente entre mulheres jovens, com idade entre 15 e 35 anos.
Embora mais raro, o fibroadenoma também pode ocorrer em homens, geralmente associado a desequilíbrios hormonais.
Quais são as características do fibroadenoma?
A principal característica do fibroadenoma é a sua mobilidade à palpação. Diferentemente dos nódulos malignos, que tendem a ser fixos e aderidos a estruturas profundas, os fibroadenomas são bem delimitados e se movimentam facilmente sob a pele.
Esses nódulos podem apresentar tamanhos e formatos variados, sendo geralmente ovais, esféricos ou multilobulados, com consistência firme, mucinosa ou gelatinosa. Em sua maioria, possuem até 3 cm de diâmetro e apresentam crescimento lento.
Como é feito o diagnóstico do fibroadenoma?
O diagnóstico do fibroadenoma é realizado a partir da avaliação clínica e de exames de imagem. Inicialmente, o mastologista realiza o exame físico, palpando as mamas para identificar possíveis nódulos e suas características.
Para confirmação diagnóstica, os principais exames solicitados são:
- Ultrassonografia mamária: permite diferenciar nódulos sólidos (como os fibroadenomas) de cistos preenchidos por líquido.
- Mamografia: indicada especialmente em mulheres acima de 40 anos ou em casos de suspeita de alterações atípicas.
- Biópsia: realizada em situações de dúvida diagnóstica, consiste na retirada de uma amostra do nódulo para análise anatomopatológica, confirmando sua natureza benigna ou não.
Esses procedimentos são fundamentais para assegurar o diagnóstico correto e afastar a possibilidade de malignidade.
Os fibroadenomas podem crescer ou causar dor?
Em geral, os fibroadenomas são assintomáticos e indolores. No entanto, em situações de maior influência hormonal — como durante a gestação, lactação, período menstrual ou uso de terapias hormonais — o nódulo pode aumentar de tamanho ou causar certo desconforto.
Na maioria dos casos, contudo, os fibroadenomas permanecem estáveis ou até mesmo regridem espontaneamente ao longo do tempo, especialmente após a menopausa, quando ocorre a redução dos níveis hormonais.
O fibroadenoma oferece risco à saúde?
Os fibroadenomas, de modo geral, não representam risco significativo à saúde e não aumentam consideravelmente o risco de desenvolvimento de câncer de mama.
Entretanto, a presença de múltiplos nódulos ou o crescimento progressivo de um fibroadenoma pode exigir investigação complementar e acompanhamento rigoroso.
O fibroadenoma pode se transformar em câncer?
Na grande maioria dos casos, os fibroadenomas não evoluem para câncer de mama. No entanto, subtipos raros, como os fibroadenomas complexos, podem estar associados a um discreto aumento do risco de malignização.
Por esse motivo, é fundamental manter o acompanhamento médico regular, com a realização de exames periódicos, a fim de monitorar eventuais alterações no tamanho ou nas características do nódulo.
Quando o fibroadenoma deve ser removido?
Nem todos os fibroadenomas precisam ser removidos cirurgicamente. Em geral, nódulos com menos de 2 cm, em mulheres jovens (menores de 35 anos) e sem sintomas, podem ser apenas monitorados por meio de exames de imagem, como ultrassonografia ou mamografia.
Quando indicada, a remoção do nódulo pode ser realizada por meio de mamotomia — procedimento percutâneo a vácuo que permite a retirada do fibroadenoma, sendo minimamente invasivo.
A decisão pela cirurgia também pode considerar fatores estéticos, psicológicos ou o desejo da paciente.
Qual a diferença entre fibroadenoma e outras alterações mamárias?
O fibroadenoma é um tumor sólido, formado por tecido glandular e conjuntivo, enquanto os cistos mamários são lesões benignas constituídas por bolsas cheias de líquido.
Os cistos mamários são ainda mais incomuns em homens e tendem a ocorrer em mulheres a partir dos 35 anos, devido ao processo natural de envelhecimento e atrofia das glândulas mamárias, segundo informações do Ministério da Saúde.

O que é mama acessória?
A mama acessória é uma condição caracterizada pela presença de tecido mamário adicional localizado em regiões atípicas do corpo, como a região axilar. Diferentemente de outras alterações mamárias, esse tecido extra não se desenvolve diretamente nas mamas.
Apesar de sua localização incomum, a mama acessória, em geral, não representa riscos à saúde. Isso porque sua composição é predominantemente de tecido adiposo (gorduroso), sendo extremamente raro o desenvolvimento de alterações malignas nesse local.
É possível prevenir o desenvolvimento de fibroadenomas?
Atualmente, não existe uma forma específica de prevenção dos fibroadenomas, uma vez que seu aparecimento está diretamente relacionado a fatores hormonais e predisposição genética.
Por esse motivo, a melhor estratégia para lidar com essa condição é o diagnóstico precoce, aliado ao acompanhamento regular com um especialista. A avaliação adequada proporciona segurança ao paciente, possibilitando a monitorização dos nódulos e evitando preocupações desnecessárias.
Aqui na Clínica FEMA, você encontra uma equipe dedicada e qualificada para oferecer o melhor atendimento para sua condição.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.