Reconstrução Mamária

A cirurgia plástica é uma especialidade médica que tem em seu escopo duas vertentes: a cirurgia reparadora e a estética. A cirurgia reparadora restaura as alterações congênitas ou adquiridas e a estética busca uma melhora do aspecto físico corporal. O objetivo final é prover ao paciente um bem estar no campo psíquico, social e biológico.

A cirurgia plástica compreende duas vertentes principais: reparadora e estética. Enquanto a primeira corrige alterações congênitas ou adquiridas, a segunda busca melhorar a aparência física. O objetivo é proporcionar ao paciente bem-estar psicológico, social e biológico.

A cirurgia plástica reconstrutora de mama é realizada para restaurar mamas deformadas, sejam por defeitos congênitos ou adquiridos. Tumores mamários são uma causa comum, levando a perdas parciais ou totais das mamas.

A reconstrução mamária pode ser feita de três maneiras:  • Usando tecidos do próprio paciente (autólogo); • Com implantes (expansores ou próteses); • Combinação de ambos. As técnicas variam, dependendo de fatores como tamanho do tumor, localização da lesão e necessidade de tratamentos adicionais.

Hoje em dia, a maior parte das pacientes pode realizar a reconstrução imediata (no mesmo momento da retirada do tumor). As exceções ficam por conta de lesões muito extensas ou de fatores próprios do paciente (condições clínicas descompensadas que aumentam o risco cirúrgico).

A maioria das pacientes hoje pode fazer a reconstrução mamária imediata após a remoção do tumor. Algumas exceções incluem lesões extensas ou condições clínicas que aumentam o risco cirúrgico.

A Radioterapia e a quimioterapia não são fatores impeditivos da reconstrução mamária apesar de haver uma interação, sobretudo da radio, com os tecidos e materiais (implantes) que foram utilizados. Pode ocorrer um endurecimento da mama reconstruída que pode requerer uma nova intervenção cirúrgica. Isto depende do grau de deformidade e alteração presentes após a radioterapia.

• A radioterapia e a quimioterapia não impedem a reconstrução mamária, mas podem interagir com os tecidos e implantes; • Alterações na sensibilidade da mama são comuns após a cirurgia, especialmente nas mastectomias completas; • Próteses de Silicone: a contratura capsular é um possível problema, especialmente após radioterapia, levando ao endurecimento e desconforto. • Drenos e cuidados pós-cirúrgicos: nas reconstruções com remoção total da glândula mamária e linfonodos axilares, o uso de drenos é necessário para evitar acumulação de fluido. A remoção geralmente ocorre entre 5 a 7 dias após a cirurgia.

Quando a cirurgia para o tratamento do cancer envolver a retirada completa da mama, a sensibilidade poderá permanecer definitivamente prejudicada.

O número de etapas cirúrgicas para finalizar a reconstrução de mama dependerá da cirurgia oncológica inicial. Nas retiradas parciais das mama (quadrantectomias), há a possibilidade de precisar de apenas uma etapa. Nas cirurgias em que há retirada integral da mama e de segmentos de pele, 2 ou 3 etapas serão necessárias para resolução completa.

As próteses de silicone são muito seguras e não predispõem ao câncer de mama. A única interferência que ocorre é com a radioterapia. Pode ocorrer a contratura capsular que é o endurecimento dos tecidos ao redor do implante levando a dor e deslocamento da prótese em direção superior e medial.

As gerações atuais de implantes não precisam ser trocadas desde que não haja nenhum problema com o material (Rotura, contratura, deslocamento, etc). O tempo de prótese não é uma indicação absoluta de troca.

Nas reconstruções de mama em que há a retirada completa da glândula e retirada dos ganglios da axila, o uso do dreno se faz necessário. A retirada ocorre em média com 5-7 dias de pós operatório.