Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher.
Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.
Existem vários tipos de câncer de mama, que variam em frequência e agressividade. Entre os mais comuns estão o carcinoma ductal e lobular, enquanto formas raras, como o câncer inflamatório e o angiossarcoma, são mais agressivas.

Existem vários tipos de câncer de mama que podem se desenvolver nas células mamárias. Cada um apresenta características próprias, que influenciam desde os sintomas até o tratamento e o prognóstico.
Os tipos mais comuns são os carcinomas ductal e lobular. Mas existem também formas menos frequentes, como o câncer de mama inflamatório, a doença de Paget e o tumor filoide.
Além disso, os tumores podem ser classificados de acordo com seu perfil molecular, como HER2 positivo, triplo negativo e luminal, o que ajuda a definir terapias mais específicas.
Aprender as diferenças entre os tipos de câncer de mama é fundamental para buscar diagnóstico precoce e ampliar as chances de sucesso no tratamento.
Neste artigo, você vai entender quais são os principais tipos de câncer de mama, como cada um se manifesta e em quais situações é preciso ter atenção redobrada.
Quais os tipos de câncer de mama?
A doença é classificada de acordo com a região onde o tumor começa, sua agressividade e seu perfil molecular.
Os tipos de câncer de mama mais comuns são o carcinoma ductal e o carcinoma lobular.
O primeiro se origina nos ductos mamários, que são os tubos que transportam o leite da glândula mamária até o mamilo. Já o segundo surge nos lóbulos mamários, as glândulas responsáveis pela produção de leite.
Além disso, os tumores podem ser agrupados conforme suas características genéticas e resposta a hormônios e proteínas, dando origem a perfis como luminal A, luminal B, HER2 positivo, triplo negativo e receptor hormonal positivo (RH+).
A seguir, entenda melhor cada tipo de câncer de mama, como se manifesta e quais sinais merecem atenção.


Carcinoma ductal in situ (CDIS)
O carcinoma ductal in situ é considerado um tipo não invasivo de câncer de mama. Ele surge nos ductos mamários, que são os canais responsáveis por transportar o leite até o mamilo.
Nesse estágio, as células cancerígenas estão restritas ao ducto e não têm potencial de invadir tecidos vizinhos. Como ficam confinados ao local de origem, também não têm capacidade de gerar metástases.
Geralmente, este tipo de câncer de mama não causa sintomas, sendo identificado principalmente em exames de imagem, como a mamografia.
Apesar de não ser invasivo, precisa de tratamento para prevenir a progressão para um carcinoma invasivo. Geralmente, ocorre a remoção cirúrgica, que pode ser seguida de um tratamento como quimioterapia.
Carcinoma ductal invasivo (CDI)
O carcinoma ductal invasivo é o tipo mais comum de câncer de mama, representando até 75% dos diagnósticos.
Ele também começa nos ductos mamários, mas se diferencia do CDIS porque invade os tecidos ao redor e pode se espalhar para outras partes do corpo.
Normalmente, é detectado pela presença de um nódulo endurecido na mama, que pode ter contornos irregulares e pouca mobilidade.
O tratamento varia conforme o estágio, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia ou terapias-alvo.
Carcinoma lobular in situ (CLIS)
O carcinoma lobular in situ se desenvolve nos lóbulos mamários, que são as estruturas responsáveis pela produção de leite.
Nesse tipo, as células anormais permanecem restritas aos lóbulos, sem invadir os tecidos vizinhos, por isso não é considerado agressivo.
Por isso, o acompanhamento médico regular e a realização periódica de exames de imagem são fundamentais. O tratamento pode envolver a cirurgia de remoção, seguida de tratamentos complementares.
Carcinoma lobular invasivo (CLI)
O carcinoma lobular invasivo é o segundo tipo mais comum de câncer de mama, que representa até 15% dos diagnósticos.
Ele também começa nos lóbulos, contudo, consegue ultrapassar essas estruturas e atingir o tecido mamário adjacente, com potencial de se espalhar para linfonodos e órgãos distantes.
Uma característica importante é que, diferente do carcinoma ductal, o CDI pode se apresentar de forma mais difusa e, por isso, nem sempre forma um nódulo bem definido.
Muitas vezes, é diagnosticado em exames de imagem ou já em estágios mais avançados. O tratamento é definido de acordo com o estadiamento, podendo incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo.
Angiossarcoma de mama
O angiossarcoma da mama é um tipo raro de câncer, representando menos de 1% dos casos de câncer de mama, que se desenvolve nos vasos sanguíneos ou linfáticos da mama.
Ele pode surgir de forma primária, sem relação com outro tumor, ou de forma secundária, como consequência de radioterapia realizada anteriormente na região mamária.
Trata-se de uma neoplasia agressiva, com crescimento rápido e risco elevado de metástase.
O diagnóstico precoce é essencial, já que o tratamento costuma envolver cirurgia ampla e, em alguns casos, quimioterapia ou radioterapia adjuvante.
Tumor filoide
O tumor filoide é um tipo incomum de tumor mamário que pode ser benigno, borderline (de comportamento incerto) ou maligno.
Ele se origina no tecido conjuntivo da mama, ou seja, no estroma que sustenta as glândulas mamárias.
Embora a maioria dos casos seja benigna, os tumores filoides podem crescer rapidamente e atingir grandes dimensões. Além disso, é comum que os casos apresentem risco de recorrência local.
O tratamento principal é cirúrgico, com a retirada completa da lesão, pois mesmo os casos benignos apresentam risco de recorrência local.
Câncer de mama inflamatório
O câncer de mama inflamatório é um subtipo raro e agressivo, caracterizado por sinais que lembram uma inflamação.
A mama pode apresentar vermelhidão, calor, inchaço e aspecto semelhante à casca de laranja. Muitas vezes, não há a presença de um nódulo palpável, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Por ser altamente invasivo, tende a se espalhar rapidamente pelos vasos linfáticos da pele da mama. O tratamento costuma envolver uma combinação de quimioterapia, cirurgia e radioterapia.
Doença de Paget
A doença de Paget da mama é outro tipo raro de câncer, geralmente associado ao carcinoma ductal subjacente. Entre 1% a 3% dos casos são diagnosticados como este tipo de câncer.
Ele afeta principalmente a região da aréola e do mamilo, causando sintomas como coceira, vermelhidão, descamação e até secreção.
Muitas vezes, pode ser confundido com uma dermatite ou eczema, o que atrasa o diagnóstico. A confirmação é feita por meio de biópsia, e o tratamento depende da extensão do tumor, que pode envolver cirurgia, radioterapia e terapias sistêmicas.
Quais são os subtipos moleculares do câncer de mama?
Receptor hormonal positivo
Os receptores hormonais (RH) são proteínas presentes na superfície ou dentro das células mamárias que respondem aos hormônios femininos estrogênio e progesterona.
Quando o câncer de mama apresenta RE e/ou RP positivos, é chamado de hormônio-dependente.
No câncer de mama, a presença ou ausência desses receptores influencia diretamente tanto o comportamento do tumor quanto às opções de tratamento.
Esses casos tendem a ter uma evolução mais lenta e respondem bem a tratamentos como a hormonioterapia, que bloqueia a ação dos hormônios ou reduz sua produção no organismo.
HER2 positivo
Nesse subtipo, o tumor apresenta superexpressão da proteína HER2, responsável por estimular o crescimento celular. Ele pode ou não ter receptores hormonais (RE e RP).
É considerado um tipo agressivo, mas atualmente existem tratamentos específicos muito eficazes, como os anticorpos monoclonais trastuzumabe e pertuzumabe, que melhoram significativamente o prognóstico.
Triplo negativo
O câncer de mama triplo negativo é aquele que não apresenta receptor de estrogênio (RE), receptor de progesterona (RP) nem HER2 positivo.
Trata-se de um subtipo mais agressivo, de crescimento rápido e maior risco de recorrência. Além disso, não responde à hormonioterapia nem às terapias anti-HER2.
O principal tratamento, portanto, é a quimioterapia, embora pesquisas recentes já explorem imunoterapias e outras abordagens inovadoras.
Luminal A
O câncer de mama Luminal A é o subtipo mais comum e, geralmente, apresenta melhor prognóstico.
Ele é caracterizado por receptor de estrogênio (RE) e progesterona (RP) positivos, além de ser HER2 negativo e baixo em Ki-67.
Esses tumores costumam crescer lentamente e responder bem à hormonioterapia, como o uso de tamoxifeno ou inibidores de aromatase. A sobrevida tende a ser alta, especialmente quando o diagnóstico é feito em fases iniciais.
Luminal B
O Luminal B também apresenta positividade para receptores hormonais (RE e/ou RP), mas, diferentemente do Luminal A, pode ser HER2 positivo ou negativo e é alto em Ki-67.
Geralmente, ele tem um comportamento mais agressivo e cresce mais rápido do que o Luminal A.
Por isso, o tratamento pode envolver não apenas hormonioterapia, mas também quimioterapia e terapias direcionadas ao HER2, quando esse marcador está presente.
Quando procurar um médico mastologista?
Independente do tipo, o diagnóstico precoce é o principal fator que aumenta as chances de cura do câncer de mama.
Exames de rastreamento, como a mamografia, permitem identificar alterações antes mesmo de se tornarem palpáveis.
Além disso, conhecer os sintomas do câncer de mama iniciais e buscar atendimento médico ao notar qualquer alteração são atitudes que fazem a diferença.
Além disso, é fundamental consultar seu médico mastologista, pelo menos, uma vez ao ano, principalmente após os 40 anos de idade.
Existem diferentes tipos de câncer de mama, cada um com características próprias, graus de agressividade e opções terapêuticas específicas.
Enquanto alguns apresentam evolução lenta e bom prognóstico, outros são raros e mais agressivos, como o câncer inflamatório e o angiossarcoma.
Por isso, a informação aliada ao acompanhamento médico regular é a forma mais eficaz de garantir diagnóstico precoce e ampliar as chances de sucesso no tratamento.
O Dr. Felipe Andrade está à sua disposição para tirar qualquer dúvida.
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Respostas rápidas sobre tipos de câncer de mama
O câncer de mama triplo negativo é considerado um dos mais agressivos. Isso porque não apresenta receptores hormonais de estrogênio e progesterona, nem a proteína HER2, o que limita as opções de tratamento.
O câncer de mama masculino e o angiossarcoma de mama podem ser considerados os mais raros, já que atingem 1% ou menos das pessoas.
O carcinoma ductal invasivo (CDI) é o tipo mais frequente, representando até 75% dos casos de câncer de mama.
Nenhum tipo de câncer de mama deve ser considerado “sem cura” de forma absoluta. No entanto, no caso do câncer de mama metastático, o objetivo do tratamento costuma ser o controle das doenças e redução dos sintomas.
Um câncer “in situ” é um estágio inicial onde as células anormais estão confinadas ao seu local de origem. Já um câncer “invasivo” pode se espalhar para os tecidos vizinhos e outras partes do corpo.
Significa que o tumor possui receptores para os hormônios femininos estrogênio (RE+) e/ou progesterona (RP+).
É um tipo de câncer em que as células tumorais produzem em excesso uma proteína chamada HER2, que acelera o crescimento do tumor.
Conheça o Dr. Felipe Andrade

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP.
O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Ele também é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama.
Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de Ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.
Atualmente, o Dr. Felipe Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Einstein Hospital Israelita e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do hospital, na Unidade Jardins do Einstein Hospital Israelita.
Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.
Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.
O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.
Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.