Mulher manipulando aparelho para realizar exame de mamografia em paciente de meia idade.

Câncer de mama tem cura?

Os artigos publicados neste Blog têm o intuito de educar e desmistificar crenças populares acerca do câncer de mama, assim como de todas as condições mamárias benignas e malignas que afetam a saúde da mulher. 

Ao longo do material, você pode encontrar termos populares que não correspondem aos termos médicos corretos. Recorremos a este recurso para facilitar a compreensão e o entendimento das condições mamárias e, assim, conscientizar a população sobre os cuidados necessários para a prevenção e tratamento dessas condições.

Mulher manipulando aparelho para realizar exame de mamografia em paciente de meia idade.

Câncer de mama tem cura? Depende do quão cedo o diagnóstico e o tratamento são realizados. Esta doença é diagnosticada todos os anos em milhares de pessoas, principalmente em mulheres.

Segundo as estimativas do Inca, em 2023 houve 73.610 diagnósticos e, até 2025, haverá mais 73 mil novos casos de câncer de mama. A incidência da doença em mulheres é de 41,89 casos para cada 100 mil.

Neste artigo, você vai entender melhor o que interfere na probabilidade de cura da doença e quais são as opções de tratamento.

Tem cura para câncer de mama?

Felizmente, o câncer de mama tem cura, principalmente se a doença é diagnosticada nos estágios iniciais

Conforme a USP, a probabilidade da cura aumenta para 95% se tratado e diagnosticado logo nos estágios iniciais.

Além disso, é importante ressaltar que a detecção de um tumor não indica necessariamente a existência de um câncer invasivo, que pode espalhar para outros tecidos adjacentes e gerar metástases pelo corpo.

Da mesma forma, o surgimento de alguma alteração nas mamas, como a presença de nódulos, também não indica o desenvolvimento de um câncer.

Então, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o mais rápido possível em caso de câncer, é necessário:

  • Conhecer os sintomas de câncer de mama;
  • Consultar com uma mastologista uma vez por ano;
  • Realizar o autoexame em casa;
  • Realizar a mamografia com a periodicidade indicada pelo seu médico.

O diagnóstico em mulheres com menos de 35 anos é menos frequente. Mas, conforme o envelhecimento, a probabilidade aumenta progressivamente com a idade. 

Por isso, a partir dos 40 anos, as mulheres devem redobrar os cuidados e realizar os exames de rastreamento regularmente.

Isso é essencial, afinal, alguns tipos de tumor podem crescer mais rapidamente do que outros.

Tratamentos para diferentes condições mamárias

Carcinoma in situ

In situ significa “no local”, portanto, trata-se de uma lesão precursora de um carcinoma invasivo, portanto, não é maligno.

Nesse caso, as células cancerígenas permanecem no local de origem, seja nos ductos mamários (carcinoma ductal in situ – CDIS) ou nos lóbulos mamários (carcinoma lobular in situ – CLIS). 

Isso porque elas não têm a capacidade de invadir outros tecidos, portanto, não há riscos de metástases.

O carcinoma in situ pode ser diagnosticado com mamografia e outros exames de imagem. 

Apesar de ainda não ser invasivo, o carcinoma in situ pode evoluir para um carcinoma invasivo. Por isso, é necessário iniciar o protocolo de atendimento o quanto antes.

O mais recomendado é a remoção cirúrgica do CDIS, que pode ser completada com outros procedimentos, como radioterapia e hormonioterapia, segundo o Hospital Albert Einstein.

As chances de cura do carcinoma ductal in situ são quase de 100%, de acordo com um artigo da Unicamp.

Carcinoma invasivo

Essa é uma condição maligna que possui capacidade de invadir tecidos adjacentes, por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático. Portanto, pode originar metástases pelo corpo.

Assim como seu precursor, este câncer de mama maligno tem cura. As taxas aumentam se o diagnóstico e o tratamento forem realizados precocemente, segundo a USP.

O protocolo envolve a remoção cirúrgica do carcinoma, que pode ser conservadora ou radical, o que depende da avaliação do médico, assim como outros procedimentos complementares se necessário.

Ao optar pelo procedimento de remoção radical das mamas, também é necessário realizar a cirurgia de reconstrução mamária.

Contudo, se as células cancerígenas conseguirem alcançar outras regiões, o tratamento pode envolver mais procedimentos e prolongá-lo. 

Além disso, se o carcinoma for diagnosticado em um estágio mais avançado, as chances de cura são mais baixas. 

Portanto, recorre-se ao tratamento paliativo para prolongar e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Fibroadenoma

O fibroadenoma é uma lesão mamária benigna, mais comum em mulheres jovens, principalmente entre 15 e 35 anos de idade. 

Embora sejam, na maioria das vezes, assintomáticos, o nódulo pode ser detectado durante o autoexame ou em exames de imagem, como a ultrassonografia.

O médico também pode solicitar a realização de uma biópsia para confirmar se o nódulo é benigno ou maligno.

Na maioria dos casos, os fibroadenomas não precisam ser removidos cirurgicamente, principalmente quando são menores do que 2 cm.

Além disso, é necessário fazer um acompanhamento médico regular para monitorar sua evolução.

Caso o nódulo cresça, ou seja diagnosticado em mulheres com mais de 35 anos, pode ser que seja recomendada a remoção cirúrgica. 

Existem subtipos mais raros de fibroadenomas que podem aumentar as chances do desenvolvimento de câncer de mama, principalmente pacientes com histórico familiar. Nesses casos, a remoção cirúrgica dos nódulos pode ser indicada.

A cirurgia também pode ser recomendada para mulheres que sentem dor ou desconforto nas mamas.

Conheça o Dr. Felipe Andrade

Dr. Felipe Andrade médico mastologista do Hospital Einstein.

O Dr. Felipe Andrade é um médico mastologista graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da USP. 

O doutor é Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Com Doutorado em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio-Libanês, seu foco de pesquisa é a qualidade do tratamento do câncer de mama. 

Ele é membro titular da American Society of Breast Surgeons (ASBrS) e sócio-titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. 

Além de sua atuação na Mastologia, também atua na área de ginecologia para oferecer uma assistência integral e especializada à saúde da mulher.

Atualmente, o Dr. Felipe  Andrade atua como Mastologista Titular no Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e realiza seus atendimentos no Centro de Oncologia do Hospital, na Unidade Jardins do Hospital Albert Einstein.

Além disso, atua em sua clínica privada, a Clínica FEMA, localizada no bairro Indianópolis, São Paulo SP.

Conheça mais sobre seu trabalho no perfil do Instagram @cancerdemamaonline.

O Dr. Felipe Andrade está comprometido em fornecer informações médicas precisas sobre as condições mamárias. Para tornar certos temas mais acessíveis, ele pode recorrer ao uso de termos populares.

Embora possam ser inadequados em relação à terminologia médica correta, este recurso visa capacitar a população com conhecimento e facilitar o diálogo com os profissionais de saúde.

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